Munique: Tour a Pé pelo Centro e Surfe no English Garden

4.57

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Como é a experiência?

“Ouviram o sino? Já quase é meio-dia,” sorriu nossa guia Anna, apontando para o Glockenspiel na Marienplatz. Eu já tinha visto fotos, mas ali, cercado pelo som suave das bicicletas e conversas, com o cheiro de pretzel vindo de uma barraquinha próxima, tudo parecia diferente. Ficamos o tempo certo para ver as figuras girarem e baterem. Anna contou como os locais ainda apostam em qual cavaleiro vai vencer a justa (eu perdi, claro), e seguimos para a catedral, desviando de um grupo de crianças que pareciam conhecer todos os atalhos.

O centro é mais compacto do que eu imaginava; tudo está perto, mas cheio de camadas. No Viktualienmarkt, tentei falar “Obazda” (pasta de queijo) e provavelmente arruinei a pronúncia — Li riu e me deu um pedaço mesmo assim. O mercado estava movimentado, mas sem ser caótico; vendedores chamando em alemão, frutas coloridas ao lado de salsichas, alguém fatiando rabanetes fininhos. A guia mostrou onde a avó dela costumava comprar picles. Gostei desse detalhe — parecia menos um passeio turístico e mais um rolê com alguém que realmente mora ali.

Cruzamos os Jardins Reais (tinha uma sessão de fotos de casamento, todo mundo de dirndl e terno), e chegamos ao English Garden. O sol apareceu por uns dez minutos, iluminando as folhas justo quando chegamos ao rio. Confesso que não esperava ver surfistas em Munique. O barulho da água batendo no concreto abafou tudo por um instante. Pessoas se aglomeravam na ponte, torcendo quando alguém conseguia ficar em pé por mais de três segundos. Terminamos no Hofbräuhaus, com o som dos canecos e a música bávara escapando pelas janelas — Anna disse que podíamos ficar o quanto quiséssemos ou voltar por conta própria. Até hoje penso naquela vista do Eisbach; é uma daquelas lembranças de viagem inesperadamente perfeitas.