Aruba: Passeio de Caiaque com Fundo de Vidro e Parada na Isla di Oro

4.57

(220 avaliações)

Como é a experiência?

Remar parecia estranho no começo — o fundo de vidro dava a sensação de que estávamos flutuando sobre o coral, não dentro de um caiaque. Nosso guia, Michael, apontava flashes de cor lá embaixo — peixes-papagaio nadando rápido, uma arraia (quase não vi) e pequenos cardumes de peixes prateados que se espalhavam quando os remos chegavam perto. A água era tão cristalina que dava para ver cada ondulação na areia. Em um momento, tentei falar “Isla di Oro” direito; Michael riu e disse que eu soava como o primo dele de Rotterdam tentando falar papiamento pela primeira vez. Justo.

As manguezais pareciam quase secretas — raízes grossas se enroscando na água, tudo meio silencioso, só o barulho de alguns pássaros lá no alto. Não podíamos mais passar pelos túneis antigos (algo para proteger o ecossistema), mas deslizar pela borda ainda era muito tranquilo. Teve um instante em que o sol bateu nas folhas e tudo ficou com um verde intenso, quase mágico. Lembro que o cheiro era meio salgado, meio de folhas molhadas depois da chuva. Paramos um pouco na Isla di Oro; a areia grudou nos meus tornozelos e não tinha mais ninguém além da gente e alguns pelicanos de olho na nossa sacola de lanches.

Quando chegamos à praia Mangel Halto, meus braços estavam cansados daquele jeito bom — não doloridos, só usados. O guia distribuiu fatias de melancia e água gelada enquanto descansávamos na sombra das árvores. Não esperava me sentir tão relaxado depois de remar quase três quilômetros (não sou muito esportista), mas, sinceramente? Ainda lembro daquela visão pelo fundo do caiaque, todas aquelas cores mudando debaixo da gente enquanto voltávamos para a praia.