Phillip Island: Degustação de Vinhos, Almoço Gourmet e Desfile dos Pinguins

4.88

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Como é a experiência?

A primeira coisa que me chamou atenção foi o cheiro do café bom — daqueles de Melbourne mesmo, nada daquele café queimado de aeroporto. Nosso guia, Sam, entregou a xícara com um sorriso na porta do Arts Centre. O ônibus era mais confortável do que eu esperava (o WiFi funcionava de verdade), e todo mundo parecia meio sonolento, mas simpático. Saímos rápido da cidade; eu ficava olhando o céu mudar enquanto cruzávamos a ponte longa até San Remo — pelicanos só de bobeira na água, como se fossem donos do pedaço. Alguém apontou e quase derrubei meu café tentando tirar uma foto. Não consegui, mas o momento ficou na memória.

A primeira parada de verdade foi na Phillip Island Winery. Se você gosta de vinho (ou mesmo se não é muito fã), fica difícil não se envolver — seis tipos de vinhos de Gippsland, todos explicados por um cara que manjava do assunto, mas sem aquela formalidade chata. Tentei decorar as notas de degustação, mas acabei curtindo mesmo o pão e o queijo servidos nas tábuas de madeira. O almoço foi pizza feita no forno a lenha — massa crocante, um tempero de ervas que não consegui identificar — e saladas que tinham gosto de verão. Comemos ao ar livre; dava pra ouvir os passarinhos e uma criança rindo lá atrás, entre as videiras.

Depois fomos para Cowes — uma cidadezinha tranquila, com lojinhas que me lembraram aqueles cartões postais antigos de férias. Alguns foram ver os coalas (custa mais 15 dólares para garantir o encontro). Eu preferi dar uma volta na praia, observando os moradores passeando com seus cachorros, o vento levantando areia que batia leve nos meus tornozelos. Mais tarde, fomos para The Nobbies na hora dourada; juro que nunca tinha visto a luz do mar daquele jeito. Teve até espumante (não sou muito de bolhas, mas combinou com o momento), wallabies lá longe, e o ar do mar tão fresco que dava um up depois de tanta comida.

Mas o grande momento mesmo? O Desfile dos Pinguins na Summerland Beach. Fica cheio, mas nosso guia conseguiu um lugar bacana na passarela. Quando o primeiro pinguinzinho apareceu saindo do mar — aqueles pés minúsculos correndo rápido, quase engraçado se não fosse tão encantador — rolou um silêncio mágico. As crianças ficaram boquiabertas e até alguns adultos ficaram emocionados (não vou dizer quem). O dia todo foi uma preparação lenta para aquele instante: o barulho da cidade trocado pelo cheiro do mar e sons da natureza, terminando com essas criaturinhas fazendo seu show sob o céu cor de rosa.