Rottnest Island: Salto Tandem de Paraquedas com Pouso na Praia WA

4.93

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Como é a experiência?

Entramos no pequeno avião no aeródromo de Rottnest Island, com os cintos tilintando e o coração acelerado. Meu instrutor tandem, Pete — sorriso largo, mãos firmes — conferiu minhas correias de novo e soltou uma piada sobre “não perder os sapatos hoje”. As hélices abafavam a maior parte do meu nervosismo. Conforme subíamos, Perth virou uma mancha lá atrás, e a ilha parecia um borrão de tinta turquesa espalhada. Eu sentia o cheiro de protetor solar do cara na minha frente (ele estava mais suado que eu), e, pra ser sincero, comecei a pensar se não ia desistir no último segundo.

A porta deslizou e de repente só tinha vento e aquele cheiro metálico estranho de avião. Pete gritou algo — talvez “pronto?” ou “vamos!” — mas se perdeu no barulho. A gente se inclinou pra frente e, bum: queda livre. Não é como cair num sonho; é barulhento, frio, e suas bochechas ficam balançando (ninguém conta essa parte). Por uns 60 segundos, saltar de paraquedas em Rottnest é só céu, ar salgado e aquela sensação louca de estar em lugar nenhum. Aí o paraquedas abriu com um estalo que me fez rir alto. Pete apontou os recifes lá embaixo enquanto descíamos — ele disse que às vezes dá pra ver golfinhos, mas eu estava ocupado demais tentando não abrir a boca de tanto sorrir.

A aterrissagem na areia macia foi quase suave depois de tanto barulho lá em cima. Tinha umas crianças nos assistindo — uma delas acenou pra mim como se eu tivesse feito algo heróico (talvez eu tenha mesmo?). Minhas pernas tremiam, mas de um jeito bom. Depois ficamos vendo outra pessoa pousar enquanto comíamos batatas fritas na praia; o instrutor dela deu um pulinho na hora do pouso que fez todo mundo aplaudir. Ainda não sei se vou me acostumar com o silêncio que fica depois que você toca o chão.