Salzburg: Aula de Cookies de Natal e Strudel de Maçã

4.85

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Como é a experiência?

Consegui sujar meu cachecol com farinha antes mesmo de começarmos a misturar qualquer coisa — clássico. A cozinha em Salzburg já estava animada quando cheguei (um pouco atrasado, ops), e o Chef Johann sorriu e me entregou um avental como se já tivesse visto tudo aquilo antes. Tinha famílias em uma mesa, um casal de Munique em outra. O cheiro de canela e manteiga no ar não era forte demais, só o suficiente para abrir o apetite.

Começamos fazendo a massa do strudel de maçã, que é muito mais elástica do que eu imaginava. Johann nos ensinou a esticá-la até ficar fina o bastante para ler um jornal por baixo (eu rasguei a minha duas vezes — ele disse que é normal). Enquanto as maçãs marinavam no limão e açúcar, trocamos histórias de desastres na cozinha lá de casa. Alguém perguntou a diferença entre os biscoitos austríacos e alemães; Johann explicou que está na baunilha e nas amêndoas do Kipferl. A Li riu quando tentei falar “Kipferl” no alemão certo — provavelmente detonei a palavra.

O cheiro do forno tomou conta do ambiente, trazendo aquela vibe de festa de fim de ano. No almoço, uma sopa de goulash quente e picante, perfeita para o dia frio e nevado lá fora. As crianças estavam escondendo pedaços extras de massa; ninguém se importou muito. Quando os cookies saíram do forno, estavam crocantes e docinhos, nada perfeitos (os meus pareciam mais croissants do que meia-lua). Embalamos tudo em saquinhos para levar para casa. Até hoje lembro da primeira mordida do strudel quentinho — massa macia, maçãs azedinhas e açúcar nos dedos.