Bruxelas: Tour de ônibus pelas luzes de Natal com Tootwalks

2.71

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Como é a experiência?

Assim que embarcamos no ônibus elétrico na De Brouckère, parecia que a cidade tinha preparado um espetáculo só para a gente. Nosso guia alternava entre inglês e francês com tanta naturalidade — tentei acompanhar, mas acabei me perdendo admirando as luzes que passavam pela janela. Tem algo mágico em ver a Avenue Louise toda decorada para o Natal que faz você esquecer do frio nos pés. A playlist trazia aquelas músicas antigas que só tocam em dezembro, e alguém atrás de mim cantava baixinho (fora do tom, mas confesso que me fez sorrir).

Passamos pela Grand-Place — já tinha visto fotos, mas nada prepara você para o brilho da árvore contra aquelas antigas casas das guildas. O ar estava com um leve cheiro de waffles e fumaça de lenha quando o ônibus desacelerou perto da Place Sainte-Catherine. O guia apontou o Palácio da Justiça e contou que Victor Hugo chamava a Grand-Place de “a praça mais bonita do mundo”. Não esperava concordar, mas era difícil discordar. No Parque Cinquantenaire, algumas crianças acenaram para a gente debaixo dos arcos — as bochechas vermelhas do frio e sorrisos tão grandes que contagiaram todo mundo.

O passeio não para para fotos (o que é bom, porque eu ficaria lá até hoje), mas quando descemos perto da Estação Centrale, seguimos um dos Tootwalks no meu celular. Ele nos guiou pelas Galerias Reais Saint-Hubert — com seus tetos de vidro e lojas de chocolate — até o Manneken Pis vestido de Papai Noel. Li riu quando tentei dizer “Joyeux Noël” em holandês; acho que estraguei a pronúncia. Terminamos no mercado de Natal, onde meu ingresso me garantiu um chocolate quente grátis no chalé da Cécémel. Era cremoso, doce e aqueceu minhas mãos na hora.

Até hoje lembro daquele momento na Grand-Place, quando tudo parecia dourado e as pessoas estavam mais gentis que o normal. Se você estiver em Bruxelas no Natal, esse tour de ônibus com Tootwalks é uma forma surpreendentemente perfeita de ver como a cidade brilha — não só pelas luzes, mas pelo calor das pessoas também.