Phnom Penh a Oudong: Cruzeiro, Vila de Prata e Montanha com Guia

4.95

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Como é a experiência?

O que me chamou atenção logo no começo foi o cheiro do rio — nada ruim, só aquele aroma terroso, de madeira molhada e algo verde. Mal havíamos saído de Phnom Penh quando nosso guia, Dara, começou a apontar pequenos detalhes: um pescador acenando do barco, crianças brincando na margem. O passeio pelo rio era tranquilo, do jeito que eu gosto. Sentei, peguei uma bebida gelada (cerveja à vontade não é brincadeira por aqui) e fiquei observando as vilas flutuantes passarem devagar. Tentei contar as plantações na beira, mas me distraí com uma mulher equilibrando cestos na cabeça — ela sorriu quando percebeu que eu estava olhando.

Depois, chegamos à Ilha Koh Chen. Ela é famosa pelo trabalho em prata, algo que eu nem imaginava antes desse passeio de um dia a Oudong saindo de Phnom Penh. Dara nos apresentou a um artesão que deixou a gente tentar martelar um desenho numa tigela — a minha parecia que tinha passado por um terremoto, mas ele riu e disse que a prática é tudo. O cheiro dentro da oficina tinha um toque metálico misturado com algo doce vindo do almoço de alguém por perto. Andar pela vila era algo simples e genuíno; as pessoas acenavam ou sorriam, mas sem aquela atenção exagerada.

Depois pegamos um tuk tuk para a estrada esburacada que leva até a montanha de Oudong. A estrada serpenteava por campos e, de repente, surgiam aquelas stupas brancas dominando a paisagem — dizem que algumas guardam restos dos antigos reis do Camboja. Lá no alto, há milhares de estátuas de Buda (Dara falou em 5.000, mas perdi a conta). O silêncio era quebrado só pelo canto dos monges ao longe e o vento balançando as bandeiras de oração. Até hoje lembro daquela vista das planícies lá embaixo — dá uma sensação de humildade, sabe?