La Fortuna: Combo Maquique Canyoning e Rafting no Rio Balsa

5.00

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Como é a experiência?

Vou ser sincero — quase desisti quando vi o primeiro rapel em Maquique, ali pertinho de La Fortuna. O barulho da cachoeira era muito mais alto do que eu esperava, e minhas mãos já estavam escorregadias por causa do spray (e, claro, do nervosismo). Nosso guia, Diego, sorria como se já tivesse feito aquilo umas cem vezes — e provavelmente já tinha mesmo. “Só se joga pra trás,” ele disse em espanhol, depois em inglês pra mim. Fácil falar, né? Mas quando você está pendurado ali, com a água batendo no rosto e a floresta ao redor, o medo meio que desaparece.

Fizemos cinco rapéis no total — três deles direto pelas cachoeiras, que deixaram minha camiseta grudada no corpo como se fosse uma segunda pele. Depois do terceiro, paramos um instante para recuperar o fôlego perto de uma fonte gelada. O ar tinha um cheiro de verde (sei que soa estranho), e alguém passou fatias de abacaxi que estavam muito mais doces do que qualquer coisa que já comprei em casa. Em um momento, atravessamos de tirolesa um córrego — rápido e selvagem — e o Diego gritou algo sobre as árvores de cacau lá embaixo. Não entendi tudo porque meu coração estava batendo forte demais.

A segunda parte foi rafting no Rio Balsa, que fica a cerca de 10 km de Maquique. As corredeiras são de nível III — nada muito radical se você nunca fez antes, mas o suficiente para te fazer gritar e rir toda vez que o bote bate numa pedra. Paramos no caminho para comer mais frutas (a melancia da Costa Rica é outra coisa) e flutuamos um pouco sob árvores enormes enquanto o Diego apontava pássaros cujos nomes eu jamais vou lembrar. Nessa hora, meus braços já estavam molengas, mas de um jeito bom.

O almoço foi simples: arroz, feijão, frango moído ou peixe — nada sofisticado, mas exatamente o que você quer depois de uma manhã sendo sacudido pelos rios. Tudo termina com uma caminhada curta pela floresta tão densa que mal dá para ver o céu. Meus sapatos faziam barulho a cada passo e até hoje lembro de como tudo parecia tão vivo — sapos barulhentos, folhas molhadas grudando nas pernas, até o cheiro da lama nas mãos depois de segurar nas pedras o dia todo.