Manuel Antonio: Trilha com Guia e Tempo na Praia com Vida Selvagem

4.81

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Como é a experiência?

“Espera — isso é um bicho-preguiça ou só um monte de musgo?” Foi assim que tudo começou para mim, tentando enxergar entre as árvores enquanto nosso guia, Esteban, sorria e preparava seu telescópio. Mal tínhamos passado pela entrada de Manuel Antonio quando ele apontou um macaco-de-cheiro branco correndo pela copa. Ouvi algo mexendo nas folhas acima e, sinceramente, não teria percebido metade do que vimos se o Esteban não estivesse ali. O ar tinha aquele cheiro de verde — sabe como é? Terra úmida misturada com o sal do mar chegando devagar.

Tentei tirar uma foto pelo telescópio (Esteban chamou de “máquina do Instagram”), mas minhas mãos tremiam e só consegui um bico de tucano borrado. Ele riu e me ensinou a segurar firme — paciência é parte da fotografia de vida selvagem. Éramos um grupo pequeno, umas oito pessoas, o que facilitava fazer perguntas ou simplesmente parar e ouvir quando tudo ficava quieto, só com o som distante dos beija-flores. Teve um momento em que todo mundo ficou parado vendo um filhote de bicho-preguiça coçar a barriga. Ninguém falou nada. Foi quase sagrado.

Depois de umas duas horas andando (Esteban deixou o ritmo livre — alguns queriam mais tempo na mata, outros já olhavam para a praia), chegamos numa área onde dava pra sentir o cheiro de protetor solar misturado com a brisa do mar. Alguns foram nadar; eu fiquei num tronco comendo abacaxi do nosso lanche, a areia grudando nas pernas. Se for, leve sua própria garrafa de água — eles são bem rígidos com plástico dentro do parque. E não espere pressa aqui. O clima é de admirar devagar.