Medulin a Kamenjak: Passeio de Barco com Nado em Grutas e Almoço

4.92

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Como é a experiência?

Assim que pisamos no barco em Medulin, Li me ofereceu um copinho de schnapps. Não sou de beber de manhã, mas naquele momento pareceu perfeito — o ar cheirava a sal e protetor solar, e uma criança já gritava animada ao ver peixes. Nosso guia (quero muito lembrar o nome dele — tinha um sorriso queimado de sol) apontava as ilhas enquanto navegávamos, cada uma com uma história que se misturava, menos aquela que parecia um cachorro dormindo. O motor fazia um ronco baixo e constante; eu ficava pensando como o Adriático é totalmente diferente quando você está nele, e não só olhando da praia.

O Parque Natural de Kamenjak surgiu de repente — falésias irregulares e claras contra o azul do mar. Paramos perto da Gruta Golumbera, que por fora parecia comum, mas ao entrar a história mudava. A água estava mais fria do que eu esperava (arrepio na pele!), e dentro, os ecos nas pedras e os brilhos na água criavam uma atmosfera mágica. O guia mostrou onde mergulhar para entrar numa câmara secreta; tentei agradecer em croata e acabei falando tudo errado. Ele só riu e jogou água em mim. Depois, todo mundo ficou meio atordoado — talvez pelo frio, ou por aquela sensação de ter feito algo fora da rotina.

Passamos pelo farol de Porer — uma pedra solitária numa ilha desde 1833. A equipe contou histórias de marinheiros presos ali durante tempestades (não sei se eram verdade, mas eram boas). Logo depois veio o almoço: peixe grelhado para mim, pão quentinho e vinho que parecia melhor por causa do ar do mar. O pessoal ficou em silêncio por um tempo, só o som dos talheres e das ondas batendo no casco.

Uvala Polje foi nossa última parada — colinas verdes descendo até uma água tão cristalina que dava para ver cada pedrinha. Alguns foram direto para mais um mergulho; eu fiquei no píer com os pés na água, vendo sombras se mexerem lá embaixo. Perto dali tem uma trilha com pegadas de dinossauros (sim, pegadas de verdade!), mas confesso que só queria ficar ali, deixando a mente desacelerar. Aququela baía parecia que o tempo parava ou se esticava devagar.