Abu Dhabi: Tour pela Mesquita Sheikh Zayed com Pickup em Dubai

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Como é a experiência?

A primeira coisa que me chamou atenção foi o silêncio — não total, mas aquele tipo que surge quando todo mundo está meio impressionado. Acabávamos de sair da van depois da viagem de Dubai, piscando diante de tanto branco. Nosso guia, Ahmed, nos entregou garrafinhas de água gelada (precisava mesmo — mesmo de manhã, o ar já estava pesado). Ele explicou sobre a necessidade de se cobrir; tentei ajeitar meu lenço e provavelmente fiquei meio atrapalhada, mas ninguém se importou. A Mesquita Sheikh Zayed é enorme — parece engolir o som. Mesmo com outras pessoas por perto, havia um silêncio respeitoso sob as cúpulas.

Ficava passando os dedos pelos corrimãos de mármore (frios, lisinhos), tentando não olhar demais para as caligrafias que subiam pelas paredes. Ahmed apontou detalhes que eu não teria notado: o mármore Sivec da Grécia, os mosaicos florais tão delicados que dá vontade de se ajoelhar para ver de perto. Ele contou que 1.200 pessoas trabalharam naquele tapete na sala principal de oração — nem consigo imaginar tecer algo tão grande. Em alguns momentos, a luz do sol refletia nas piscinas do lado de fora e fazia tudo brilhar com um tom azulado. Tentei dizer “mashallah” como ele; ele sorriu e disse que eu estava quase lá.

Passamos por famílias tirando fotos e mulheres ajeitando seus lenços em pequenos espelhos perto da entrada. Os lustres (cheios de cristais Swarovski) captavam cada raio de luz. Em um momento, parei de andar só para escutar — passos no mármore, alguém sussurrando em árabe atrás de mim. Sinceramente, não esperava me sentir tão pequena ou tocada por um prédio. No caminho de volta para Dubai, fiquei pensando naquelas inscrições em pedra e como seria incrível se toda cidade tivesse um lugar tão tranquilo bem no seu coração.