Deserto de Dubai: Safari em Mercedes Vintage e Café da Manhã Beduíno

4.95

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Como é a experiência?

Confesso que não sabia o que esperar de um safari no deserto em um “G Class vintage” perto de Dubai — parecia algo exagerado, mas aquele Mercedes antigo realmente cruzava as dunas como se fosse feito para aquilo. Nosso guia, Samir, sorria toda vez que passávamos por um solavanco. Eu ficava tirando areia dos joelhos e ria da luz da manhã que deixava tudo com um tom dourado e meio desbotado. A Reserva Al Marmoom fica bem perto de Dubai, mas parece outro mundo — sem cercas, só espaço aberto e uns arbustos estranhos (Samir chamou de Al Ashkhar). Paramos perto de uma árvore Ghaf antiga e ele explicou como ela é importante por ali. Eu nem imaginava que árvore sobrevivesse naquele lugar.

Depois veio a caravana de camelos — nada tão elegante quanto eu imaginava (quase escorreguei no começo), mas a vista lá de cima é incrível. Dá para ver as dunas se estenderem até onde a vista alcança. Lá longe tinha oryx e um falcoeiro nos mostrou seu falcão de perto; tentei tirar foto, mas acabei só admirando. Quando chegamos à vila beduína, nos ofereceram café árabe e umas bolinhas doces chamadas luqaimat. Até hoje lembro do sabor — docinho, quentinho, com um gostinho de casa, mesmo eu nunca tendo provado antes.

O café da manhã foi preparado ali na hora por uma mulher local que mal parava de contar histórias sobre crescer no deserto enquanto virava o pão no fogo. A vila é feita de tendas de pelo de cabra e tem um cheiro terroso misturado com especiarias de uma barraca próxima. Alguns se aventuraram a fazer tatuagens de henna ou experimentar kanduras e abayas; eu só fiquei ali, tomando meu chá e ouvindo a música beduína que flutuava no ar. O silêncio lá fora é maior do que você imagina. No caminho de volta para Dubai, me peguei olhando a areia sumir pela janela — deu uma saudade estranha, mesmo com pouco tempo de passeio.