Dubai: Tour Privado com Burj Khalifa e Passeio de Abra

4.73

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Como é a experiência?

Começamos atrasados, culpa minha, para variar. Tentei pedir um café no hotel e me enrolei na fila. Nosso guia só sorriu quando finalmente entramos no carro dele, dispensando minhas desculpas como se já tivesse visto de tudo. “Sem pressa,” disse ele, “Dubai espera por você.” Isso já deu o tom: tranquilo, mas com aquela energia afiada da cidade. Lá fora, o calor seco já apertava, mas dentro do carro estava fresco, perfeito para esquecer o suor no corpo.

A primeira parada foi na Mesquita Al Farooq Omar Bin Al Khattab — tiramos os sapatos, o mármore gelado sob os pés e um silêncio que me fez baixar a voz sem pensar. O guia explicou a mistura das arcadas andaluzas com a caligrafia islâmica; senti um cheiro de incenso vindo de algum lugar atrás da gente. Depois, o Burj Al Arab passou rápido — todo mundo fala que é chamativo (e é mesmo), mas ver de perto é outra história. Paramos perto do Souk Madinat Jumeirah para fotos, e tentei pronunciar “Jumeirah” direito; o guia riu e corrigiu com carinho. Tem algo em ser corrigido assim que faz você se sentir mais em casa do que acertar na primeira.

Não esperava gostar tanto do Museu do Futuro — por fora parece até coisa de outro planeta, meio alienígena. No centro de Dubai, caminhamos entre fontes e vimos crianças correndo atrás de pombos perto do Dubai Mall. A palavra-chave aqui seria “principais pontos turísticos de Dubai”, mas, sinceramente? Parecia menos uma lista de lugares para visitar e mais um convite para conhecer atalhos secretos da cidade, como se fosse a rota favorita de alguém que mora lá.

O melhor momento para mim foi o passeio no abra pelo Dubai Creek — os bancos de madeira rangendo enquanto uns velhinhos discutiam alto tomando chá na margem. O ar tinha um leve cheiro de diesel misturado com cardamomo vindo das barracas próximas. No Souk das Especiarias, espirrei duas vezes seguidas (cominho? vai saber) e um vendedor me zoou tentando me vender açafrão mesmo assim. Depois fomos ao Souk do Ouro: ouro por todo lado, tanto que quase doía olhar. O guia contou histórias de casamentos e dotes enquanto a gente admirava pulseiras grossas como palitinhos de pão.