Safari no Deserto de Dubai: Dunas Vermelhas, Quadriciclo e Noite VIP com Churrasco

4.98

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Como é a experiência?

O que mais me chamou atenção foi a cor — a areia de Lahbab não é só “marrom de deserto”, é um vermelho intenso que parece coisa de outro mundo quando o sol começa a se pôr. Nosso motorista, Ahmed, tinha aquela confiança tranquila que você quer quando vai saltar de SUV pelas dunas. Ele colocou um pop egípcio antigo no rádio e foi mostrando como o vento esculpe a areia todo dia. Tentei tirar foto pela janela, mas nada capturou a vibe — talvez nada mesmo consiga.

No ponto do quadriciclo, o cheiro seco e mineral dominava, e os capacetes ainda estavam quentinhos do sol. O motor ronronava sob minhas mãos; confesso que travei o quad uma vez antes de pegar o jeito de subir aquelas colinas macias. Minha amiga Li riu tanto que quase deixou o celular cair filmando — pelo jeito minha “cara séria” virou meme. Depois veio o dune bashing (bem mais radical do que eu esperava), com Ahmed sorrindo como se já tivesse feito isso mil vezes (provavelmente já fez). Paramos para fotos e eu fiquei ali, areia nos sapatos, vento no rosto — me senti pequeno, mas de um jeito bom.

A parte da noite desacelerou tudo. No acampamento, lanternas tremeluziam e alguém preparava um chá de hortelã atrás de uma mesa baixa. Tinha pintura de henna (a minha borrava na hora), passeio curto de camelo (os camelos pareciam nem ligar pra gente) e gente se espalhando entre almofadas. O cheiro da comida era defumado — cordeiro grelhado, arroz temperado, algo com alho — e eu comi pão demais porque estava quentinho na brasa. O dançarino de Tanoura girava tanto que fiquei tonto só de olhar. Mais tarde, sob estrelas que pareciam falsas de tão brilhantes, rolou aquele silêncio antes do show de fogo — sabe aquele momento em que todo mundo para de falar? Ainda lembro disso.