Safari no Deserto de Dubai: Dune Bashing, Passeio de Camelo e Jantar BBQ

4.99

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Como é a experiência?

Vou ser sincero — eu não sabia bem o que esperar de um safari no deserto de Dubai. A cidade é tão moderna e agitada, mas de repente você está no Deserto das Dunas Vermelhas perto de Al Madam, cercado por areia sem fim e aquele silêncio estranho que só existe em lugares abertos assim. Nosso motorista, Ahmed, tinha um sorriso malicioso quando perguntou se estávamos prontos para o dune bashing. Achei que sim — mas não estava. O 4x4 deslizou pelas dunas como uma montanha-russa, e meu estômago ficou lá atrás. A areia entrou em tudo (até hoje encontro nos meus sapatos), mas teve um momento no topo de uma duna em que tudo parou — só luz dourada, vento e a gente rindo feito bobo.

Se você escolher a opção do quadriciclo (meu amigo fez isso), tem meia hora para acelerar sozinho antes da aventura principal começar. Confesso que só fiquei na sombra torcendo enquanto ela comia areia duas vezes. Também paramos rapidinho para sandboard — que é bem mais difícil do que parece, ainda mais tentando não cair na frente dos outros. Ahmed tirou fotos e não parava de brincar chamando a gente de “campeões do surfe no deserto”. Ele também mostrou uns rastros pequenos na areia — besouros? lagartos? Nunca descobri.

Quando o sol começou a se pôr, chegamos a um acampamento no estilo beduíno onde os camelos esperavam (eles parecem bem desinteressados pelos humanos). Meu camelo se chamava Noor; ela bufava toda vez que eu tentava fazer carinho. Tinha pintura de henna para quem quisesse (a artista riu da minha dificuldade em ficar parada), e a fumaça do narguilé pairava enquanto o pessoal fazia fila para chá ou café. O ar estava cheio do cheiro de carne assando e especiarias — uma sensação gostosa depois de tanta adrenalina.

A noite foi uma sequência de shows: dançarinas de Tanoura rodopiando em saias neon, dança do ventre, e um espetáculo de fogo que fez todo mundo prender a respiração pelo menos uma vez. Jantamos um churrasco sob luzes penduradas — tinha opção vegetariana também, não só carne — e trocamos histórias com gente do mundo todo. Na volta, o clima era de silêncio, todo mundo meio cheio, cheio de areia e feliz-cansado. Às vezes a viagem parece muito certinha, mas essa noite foi bagunçada do jeito certo. Ainda lembro daquela vista do topo da duna — ficou marcada em mim.