Safari no Deserto de Dubai: Passeio de Camelo, Sandboard e Jantar com Churrasco

4.97

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Como é a experiência?

Vou ser sincero — me inscrevi nesse safari no deserto de Dubai principalmente porque nunca tinha visto dunas de verdade, e a ideia de andar de camelo parecia algo que você tem que fazer pelo menos uma vez na vida. Mas a experiência começou muito mais emocionante do que eu esperava. Nosso motorista, Khalid, nos buscou direto no hotel (ele tinha uma risada fácil que deixava todo mundo à vontade) e, depois de uns 45 minutos, chegamos em Al Lahbab. A areia estava quase vermelha sob a luz do fim da tarde — não só amarela como eu imaginava. Tinha quadriciclos ziguezagueando por ali e crianças gritando lá do lado. Paramos um pouco para quem quisesse experimentar, mas eu fiquei só admirando a luz mudando nas dunas.

Depois veio o dune bashing — que é basicamente acelerar morro acima e morro abaixo em um 4x4, enquanto todo mundo no carro alterna entre risadinhas nervosas e gritos de susto. Khalid parecia curtir cada segundo; em um momento ele colocou uma música árabe alta e gritou “segura firme!” enquanto escorregávamos de lado em uma ladeira. Minhas mãos suavam de tanto segurar o banco, mas era uma diversão estranha. Paramos para fotos bem quando o sol começava a se pôr — um silêncio tomou conta, só quebrado pelo vento passando na grama. Também tentei sandboard (não foi nada elegante) e acabei com areia até dentro do sapato.

Quando anoiteceu, mudamos totalmente o ritmo: os camelos esperavam tranquilos, enquanto os tratadores conversavam baixinho em árabe. O passeio foi suave, quase meditativo comparado ao que veio antes. Só dava para ouvir o som dos cascos na areia macia e o clique da câmera de alguém de vez em quando. No acampamento, as lanternas já estavam acesas e um cheiro de carne assada flutuava no ar — meu estômago até roncou alto (que vergonha). Uma mulher fez uma pintura de henna na minha mão enquanto a filha dela observava; ela sorriu quando tentei dizer “shukran”.

A noite seguiu com música e danças — não peguei todos os detalhes porque, sinceramente, só queria aproveitar o momento: o ar cheio de fumaça dos narguilés, crianças correndo perto da fogueira, gente rindo enquanto tomava chá doce ou café servido naquelaquelas jarras de latão altas. O buffet do churrasco tinha opções vegetarianas e kebabs; acho que comi pão demais, mas e daí? Sentar sob aquele céu aberto depois de toda aquela agitação foi simplesmente perfeito. Até agora, se fecho os olhos, quase sinto aquela brisa quente de novo.