Barcelona & Montserrat: Tour em Grupo Pequeno com Pickup no Hotel

4.89

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Como é a experiência?

Não esperava começar meu dia em Barcelona com aquele silêncio suave da manhã — aquele tipo de calma que só rola quando alguém está dirigindo e você está meio acordado, vendo a cidade passar devagar. Nossa guia, Marta, nos buscou direto no hotel (sem estresse com mapas, graças a Deus). Antes mesmo de sairmos da calçada, ela já falava sobre Montjuïc. Lembro dela apontando para o Estádio Olímpico — os olhos dela brilharam por um instante, como se tivesse vivido os Jogos de 92. O ar lá em cima tinha um cheiro de pinho misturado com o mar distante; não era frio, mas era fresco o suficiente para despertar.

Quando chegamos à montanha de Montserrat — cerca de uma hora fora de Barcelona — perdi a conta de quantas vezes a Marta nos fez rir com suas expressões catalãs (tentei repetir uma; ela sorriu e disse que não estava nada mal “para turista”). O mosteiro fica naquele amontoado selvagem de picos de pedra; parecia até coisa de outro mundo. Dentro da basílica, o incenso era forte e doce, misturado com cera de vela. Algumas pessoas ficaram em silêncio ao ver a estátua da Madonna Negra. Eu só fiquei parado pensando em quantos séculos de mãos já tocaram o mesmo ponto do manto dela.

O caminho de volta teve outro clima. Passamos pelo Eixample — aquelas ruas largas e prédios modernistas, a Casa Batlló de Gaudí passando rápido, como um sonho. O almoço foi rápido, mas bom (café forte, pastel folhado), e de repente estávamos na Sagrada Família. Difícil dizer algo novo sobre ela — todo mundo já viu fotos — mas estar lá dentro é outra história. A luz colorida das janelas faz sua pele parecer estranha por um segundo; me peguei olhando para as mãos em vez do teto. A Marta contou que Gaudí queria que parecesse uma floresta. Acho que ele conseguiu.

Ainda penso naquele momento na Plaça de Sant Felip Neri — pombos andando pelas pedras rachadas, alguém tocando violão baixinho num canto. Barcelona pode ser barulhenta e vibrante, mas ali parecia quase um segredo. Enfim, quando nos deixaram de volta no hotel, eu estava cansado daquele jeito bom que dá depois de andar o dia todo em um lugar novo. Nem tudo saiu perfeito (derramei café na camisa antes do almoço), mas, sinceramente, isso só deixou tudo mais real.