Barcelona: Passeio de Iate ao Pôr do Sol com Bar Livre e Opção de Nadar

4.88

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Como é a experiência?

Subimos no iate na Marina Port Vell bem quando aquela luz dourada estranha começou a refletir nos prédios antigos à beira-mar. O skipper — acho que o nome dele era Jordi — nos acenou com um “buenas tardes” descontraído, como se fôssemos velhos amigos. Já rolava uma música baixinha em algum lugar do convés inferior, e alguém me entregou uma taça gelada de cava antes mesmo de eu achar um lugar para sentar. O ar tinha um cheiro leve de sal, misturado com protetor solar e talvez algo doce vindo da praia da Barceloneta. Confesso que não esperava me sentir tão relaxado tão rápido.

Quando deixamos a marina, a cidade se abriu atrás da gente — dava para ver Montjuïc e aquelas luzinhas dos apartamentos começando a acender. Jordi apontou uns barcos de pesca antigos balançando perto do quebra-mar e contou histórias do avô dele trabalhando nessas águas (o inglês dele era ótimo, mas às vezes ele mudava rapidinho para o catalão — ninguém se importava). Vieram os petiscos: azeitonas, queijos, umas coisinhas que eu nem sabia pronunciar. A Li riu quando tentei falar uma delas em espanhol — provavelmente estraguei tudo. Passamos pela praia da Barceloneta e a galera acenava das pranchas de stand up; parecia que todo mundo fazia parte daquele ritual tranquilo da noite.

O sol foi descendo e, de repente, tudo ficou silencioso por um instante — até a música sumiu. Só dava para ouvir a água batendo no casco e umas gaivotas voando por cima. Alguém perguntou se podia nadar; Jordi deu de ombros e disse que, se tivesse coragem (não estava quente, mas duas pessoas pularam mesmo assim). Eu fiquei seco, só molhei a mão — estava mais fria do que eu imaginava. Aquela luz laranja-rosada no horizonte ainda está na minha cabeça dias depois. Não sei se existe jeito melhor de começar a noite em Barcelona do que flutuando aqui com gente que no começo era estranha, mas no fim virou companhia.