Barcelona: Tour sem fila na Sagrada Família e Park Güell

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Como é a experiência?

Eu não fazia ideia do que esperar quando encontramos nossa guia perto do Park Güell. A rua já estava cheia de gente, mas assim que entramos no parque, parecia que a cidade desaparecia. Tinha um cheirinho de pinho e terra molhada da chuva da noite anterior, e dava para ver toda Barcelona lá embaixo, com os telhados se estendendo até o mar. A Marta, nossa guia, começou a mostrar uns detalhes curiosos — lagartixas enroladas nos bancos de mosaico, colunas que pareciam troncos de árvore. Tentei tirar foto, mas meu celular não conseguiu captar nem metade das cores e formas malucas.

A subida é um pouco íngreme — aviso logo — mas tem momentos em que você só quer parar e respirar fundo (ou talvez isso fosse só eu). A Marta contou histórias sobre o próprio Gaudí: dizem que ele costumava passear por aqui ao amanhecer, fazendo esboços antes de todo mundo acordar. Ela riu quando perguntei se ele era mesmo tão excêntrico quanto dizem; “Mais do que isso”, respondeu. Isso me fez olhar para aqueles muros de azulejos quebrados de um jeito diferente, como se fossem segredos deixados só pra gente descobrir.

Depois do Park Güell, pegamos um ônibus privativo — agradeci demais por poder sentar — e atravessamos a cidade até a Sagrada Família. Já tinha visto fotos, mas chegar perto é outra história. A pedra é tão clara que parece brilhar sob as nuvens. A Marta explicou cada fachada enquanto andávamos ao redor; eu ficava distraído com o som dos sinos por perto e com o silêncio que parecia tomar conta do lugar sem ninguém perceber.

Dentro da Sagrada Família… é difícil explicar. A luz entra pelos vitrais em cores que eu nem sabia que existiam — azuis e laranjas que se espalham pelas mãos se você ficar no lugar certo. Mesmo com tanta gente, o ambiente tem um silêncio especial. A Marta nos deixou explorar um pouco por conta própria depois das explicações; fiquei ali, olhando para aquelas colunas que se abrem como árvores no teto. Até hoje penso naquela sensação, como se estivesse dentro de uma ideia louca que virou realidade.