Fuerteventura: Tour Completo pela Ilha com Grutas, Dunas e Betancuria

4.90

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Como é a experiência?

Sabe aquele som quando a porta da van se abre e o ar quente invade? Foi assim que nosso dia começou em Fuerteventura. Nosso guia, Pepe, já estava com uma música rolando—algo local, no volume certo—e sorria como se estivesse esperando por nós a semana toda. As estradas aqui são meio hipnóticas: colinas marrons sem fim, e de repente um toque de verde ou uma vila branca no meio do nada. A primeira parada foi nas dunas de Corralejo, que pareciam até mentira—areia tão clara que até doía nos olhos. Tentei andar descalço, mas quase queimei os dedos (deveria ter imaginado). Pepe chamou aquilo de “a porta do paraíso.” Eu só lembro do vento fazendo tudo parecer maior do que realmente era.

Passamos por vilarejos antigos onde o tempo parece andar devagar. Betancuria estava tranquila, só um grupo de velhinhos jogando cartas debaixo de uma árvore—mal nos olharam enquanto passávamos. Entrei na igreja Santa Maria (custa só dois euros) e fiquei um pouco ali, só porque estava fresquinha e tinha um cheiro leve de vela. O almoço rolou entre histórias de piratas e erupções vulcânicas—perdi a conta de qual montanha era qual depois de um tempo. Nas grutas de Ajuy, o cheiro do mar já chegava antes da vista; sal misturado com algo antigo e terroso nos túneis. Caminhar ali foi como voltar no tempo—Pepe contou sobre Jean de Béthencourt chegando aqui há séculos, mas eu estava mais preocupado em não escorregar nas pedras.

Os esquilos no mirante de Las Peñitas eram uns atrevidos—um até tentou subir no meu sapato enquanto eu fotografava aquele oásis estranho lá embaixo (como tem água aqui no meio do nada?). A luz do sol mudava a cada minuto no desfiladeiro, deixando tudo com uma cara diferente. Paramos em Sicasumbre mais tarde para uma última vista panorâmica; a essa altura a van já parecia casa e todo mundo estava mais quieto, talvez cansado ou só absorvendo tudo. Ainda penso naquela paisagem quando ouço o vento assobiando pela janela aberta.