Ibiza: Passeio ao Pôr do Sol com Cala Comte, Cala Bassa e Brinquedos Aquáticos

4.76

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Como é a experiência?

Ainda nem havíamos saído do porto de San Antonio quando nosso guia, Miguel, sorriu e me entregou uma taça de cava — “Você vai precisar disso para os tobogãs,” disse ele. Ri, mas confesso que estava mais nervoso para falar “gracias” direito do que para escorregar do tobogã direto no mar. Tinha música rolando (na medida certa), gente conversando em espanhol e inglês, e aquele cheiro salgado que só o Mediterrâneo tem. O barco não estava cheio — talvez metade da capacidade — então todo mundo tinha espaço para se esticar ou andar sem esbarrar nos outros.

A primeira parada foi Cala Bassa. Dá para ver a areia antes mesmo de ancorar — uma faixa dourada clara entre o azul turquesa da água e os pinheiros. Alguns correram direto para as pranchas de stand up paddle; eu preferi fazer snorkel (a máscara encaixou melhor do que eu esperava). A água tinha um sabor levemente metálico, como sempre aqui, e peixinhos pequenos passavam perto dos meus pés. De volta ao barco, alguém passou fatias de tortilla e salada de macarrão gelada — nada sofisticado, mas perfeito depois do mergulho. Miguel apontou uma pequena enseada onde os locais nadam cedo pela manhã; ele disse que se você vier em setembro, pode até ter o lugar só para você.

Depois fomos para Cala Comte, que parecia ainda mais vibrante com o sol começando a cair. Ficamos cerca de uma hora lá — tempo suficiente para caminhar sobre as pedras lisas e simplesmente flutuar um pouco, que era exatamente o que eu precisava depois de tentar (e falhar) ficar em pé na prancha. Teve um momento em que tudo ficou silencioso, só o som das gaivotas no céu e o riso de uma criança perto. Parecia que o tempo desacelerou ali.

Mais tarde, navegamos pela costa passando por ilhotas e enseadas escondidas. Alguém se arriscou na prancha de salto (não fui eu — fica para a próxima), outros relaxaram em colchões flutuantes ou espiavam pelo fundo de vidro na esperança de ver algo maior que sardinhas. As bebidas não paravam de chegar — cerveja, sangria, mais cava se quisesse — mas ninguém ficou bagunceiro. Quando finalmente paramos em frente ao Café Mambo para o pôr do sol, todo mundo ficou em silêncio, admirando aquele céu laranja-rosado derreter no mar. Não esperava me sentir tão tranquilo ali, entre estranhos, mas até hoje lembro daquela vista quando estou preso no trânsito em casa.