Jávea: Passeio de Caiaque e Snorkel nas Cavernas de Cala Granadella

4.87

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Como é a experiência?

Já parou para pensar no cheiro da água logo cedo em Cala Granadella? É meio salgado e doce, com um toque de protetor solar no ar — foi assim que nossa manhã começou. A Marta, nossa guia, distribuiu os coletes salva-vidas e tentou ensinar a gente a não ficar remando em círculos (eu levei uns dez minutos pra aprender). No começo, os caiaques pareciam instáveis, mas depois de algumas remadas virou quase uma meditação, só o som dos remos e um passarinho estranho cantando lá atrás, entre as pedras. Nunca tinha visto água tão cristalina — dava pra ver as pedrinhas lá no fundo antes mesmo de chegarmos em Cala Caló, que eles chamam de “enseada secreta” de Jávea.

Paramos ali pra fazer snorkel — confesso que fiquei meio receoso por causa das cavernas, mas a Marta garantiu que era seguro. E ela tinha razão; lá dentro tudo ficou azul e com eco. Alguém riu debaixo d’água (dá pra ouvir mesmo), e juro que um peixe me encarou pela máscara. A próxima parada foi a Cova del Llop Marí. As pedras eram tão ásperas que dava pra se machucar se não tivesse cuidado. Dentro da caverna tem um brilho azul elétrico que não aparece direito nas fotos — é algo que só vendo ao vivo. Saí com areia até no cabelo, mas nem liguei.

Depois seguimos remando passando pela Isla del Descubridor e contornando a praia de Ambolo (que, pelo visto, é naturista — não esperava por isso). Dá pra ver o Cabo la Nao lá longe, meio embaçado. O barco de apoio ficou por perto o tempo todo, caso alguém cansasse ou precisasse de ajuda, o que me deixou mais tranquilo, já que fiquei um pouco pra trás do grupo. Voltamos para Granadella com os braços bambos e areia ainda entre os dedos dos pés. Os guias foram super pacientes — até quando deixei o remo cair duas vezes ao sair do caiaque.