Santiago de Compostela: Passeio pelo Centro Histórico e Vista da Catedral

4.69

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Como é a experiência?

A Li estava esperando sob o guarda-chuva azul na Plaza do Obradoiro, acenando como se fôssemos velhos amigos, mesmo tendo acabado de nos conhecer. Ela começou perguntando se já tínhamos provado a tarta de Santiago — eu ainda não, mas prometi caçar uma depois. A praça estava cheia de peregrinos largando as mochilas e se abraçando. Parecia que todo mundo tinha uma história ali, não éramos só turistas passando um dia pelo centro histórico de Santiago de Compostela.

Entramos por vielas estreitas onde as pedras ainda estavam escorregadias da chuva da noite anterior. A Li apontava pequenas conchas de vieira esculpidas nas portas (eu perdi algumas até ela rir e tocar uma com o guarda-chuva). Teve um momento perto do Mercado de Abastos em que o cheiro de polvo fresco me invadiu — tão forte que quase esqueci em que rua estávamos. Vimos um peixeiro brincando com uma senhora que comprava amêijoas; não entendi tudo, mas dava para sentir que se conheciam há anos.

Não esperava sentir tanto só andando pelas praças ao redor da catedral — é barulhento e silencioso ao mesmo tempo, se é que isso faz sentido. Crianças correndo atrás dos pombos enquanto alguém tocava gaita de foles por perto. O ponto alto para mim foi chegar ao Parque da Alameda; a Li deixou a gente parar um pouco e, sinceramente, aquela vista das torres da catedral entre as árvores ficou gravada na minha cabeça. Tentei tirar foto, mas nunca fica tão bonito quanto estar lá.