Big Island Kona: Passeio de ATV na Selva com Cultura Polinésia e Guias Locais

4.86

(611 avaliações)

Como é a experiência?

Mal tive tempo de tirar o pó vermelho do tênis e o Manu, nosso guia, já apareceu com um capacete na mão e aquele sorriso de quem sabe que eu ia deixar o ATV morrer logo de cara. (Acertou em cheio.) O ar da Big Island tinha um cheiro verde, meio doce, meio de terra molhada, e dava pra ouvir os passarinhos fazendo festa no meio das árvores. A gente estava a dez minutinhos de Kailua-Kona, mas parecia que tinha ido parar em outro planeta, ou pelo menos num pedaço bem mais selvagem do Havaí. O pessoal do grupo estava meio apreensivo com os ATVs, menos um garoto que já ligou o motor como se tivesse nascido praquilo.

Seguimos por trilhas de barro, cercados de mata fechada—minha mão suava dentro da luva, e de vez em quando o Manu parava a gente perto de umas cabanas. Cada uma representava uma ilha: Samoa, Tonga, Fiji, Havaí. Na cabana de Tonga, a Li (uma das guias) ensinou a gente a entalhar tikis de madeira. Tentei arriscar umas palavras em tonganês e saiu tudo errado; a Li riu tanto que quase deixou cair o formão. Teve uma hora que senti um cheiro de coco vindo de algum lugar—até hoje lembro disso. Engraçado como certas coisas ficam na memória.

A experiência toda parecia mais um encontro entre amigos do que um passeio guiado. A gente aprendia curiosidades de cada ilha—alguns jogos, histórias—tudo leve, sem aquele clima de aula. As crianças iam na frente do UTV com o Manu se não tinham idade pra pilotar o ATV (e pareciam se divertir igual). Teve uns momentos que achei que ia tombar numa raiz, mas era só mais barro na calça. No fim, ninguém ligava mais pra sujeira; todo mundo sorrindo, trocando histórias de quem atolou ou quem arriscou melhor na dança de Fiji.