Goodsprings: Caça a Fantasmas e Jantar no Pioneer Saloon saindo de Las Vegas

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Como é a experiência?

A primeira coisa que percebi no Pioneer Saloon foi o cheiro — uma mistura de madeira antiga com algo doce, talvez uísque? Nosso guia, Mike, nos chamou e distribuiu uns aparelhinhos para caça a fantasmas. Eu não fazia ideia de como usar o meu (EMF alguma coisa?), mas ele explicou com um humor seco que deixou todo mundo à vontade. Sentamos para comer sanduíches e batatas chips — nada sofisticado, mas parecia perfeito para um lugar assim. Tem um buraco de bala na parede perto da nossa mesa, que o Mike garantiu ser “de verdade”. Eu ficava olhando para ele enquanto ele contava sobre o minerador que, dizem, nunca saiu daqui. A luz lá fora já estava naquele tom dourado estranho do deserto.

Depois do jantar, saímos para o ar fresco — dava para ouvir o barulho do cascalho sob as botas e uma risada ecoando de dentro do saloon. Andar por Goodsprings à noite é... estranho. É silencioso, mas não tranquilo, se é que dá para entender. Passamos por prédios abandonados com nosso equipamento (ainda não sei se meu medidor funcionava ou se eu só queria que funcionasse), e paramos no cemitério, onde o Mike ficou sério por um instante: “Tem gente aqui com histórias que ainda não terminou de contar.” Ele deixou a gente fazer perguntas em voz alta — no começo me senti meio bobo, mas aí a lanterna de alguém piscou e, sim, o nervosismo apareceu.

Na volta para Las Vegas, passamos pelas Seven Magic Mountains — todas neon contra o escuro do deserto. Não paramos, só vimos elas passando rápido. Fiquei pensando naquele momento no cemitério, quando tudo ficou silencioso, só o vento mexendo na vegetação. Não sei se acredito em fantasmas agora, mas tem algo em Goodsprings que fica com você por mais tempo do que imagina.