Você vai pedalar e-bikes com pneus largos pelo Volcanoes Park no Havaí, guiado por um local que conta histórias que não estão em nenhum folheto. Sinta o calor do solo do Kilauea sob suas rodas, caminhe por tubos de lava antigos, faça lanches em florestas nebulosas e aproveite aqueles pequenos momentos — risadas com pronúncias erradas ou o silêncio repentino perto da cratera — que ficam na memória muito tempo depois.
A primeira coisa que percebi foi o cheiro — terra molhada misturada com um toque metálico — quando tiramos as e-bikes de pneus largos do cascalho no estacionamento do Kilauea Lodge. Nosso guia, Keahi, me entregou o capacete e sorriu enquanto ajustava o banco. “Você vai se acostumar com o zumbido,” disse, falando do motor elétrico. Eu estava nervoso (não sou exatamente um ciclista experiente), mas depois de uma rápida demonstração, foi até natural subir aquela primeira pequena ladeira rumo à entrada do Volcanoes Park. O ar estava fresco, mas pesado, como se fosse chover ou ficar só na névoa o dia todo.
Passamos rápido pelos carros presos na fila do portão — é verdade o que dizem sobre evitar o stress do estacionamento com essas bikes — e entramos direto em um túnel verde. A estrada parecia macia sob os pneus largos; samambaias roçavam meus tornozelos quando me aproximei demais da beirada. Keahi apontava as antigas lavações de erupções que eu só tinha visto na TV. Em uma parada, ele pegou um pedaço de pedra preta — “cabelo de Pele”, chamou — e deixou a gente passar os dedos pelos fios vítreos. Tentei falar ‘Nāhuku’ como ele (Li riu do meu sotaque), e depois entramos na Thurston Lava Tube, onde o cheiro era de pedra fria e musgo. Meus óculos embaçaram na hora.
Não esperava me sentir tão pequeno pedalando por campos moldados pelo fogo — tem um silêncio entre as paradas onde só se ouve a própria respiração e, de vez em quando, um pássaro lá no fundo da mata. Comemos barrinhas de granola encostados nas bikes, o suor secando rápido na brisa. Nada de pressa; Keahi esperava todo mundo para seguir, sempre contando histórias de como os locais ficam de olho em novos vapores depois da chuva ou por que certas flores só crescem ali.
No fim, minhas pernas estavam cansadas daquele jeito bom (as e-bikes ajudam, mas você ainda pedala bastante). Meus tênis estavam enlameados e tinha manchas de terra vermelha nas canelas — gostei disso. Às vezes ainda penso no silêncio perto da borda da cratera, só o vento e vozes distantes ecoando de algum lugar que não dava para ver.
O passeio é recomendado para ciclistas intermediários ou avançados que tenham confiança para pilotar uma bike de 26” com duas rodas; iniciantes podem achar difícil.
O passeio inclui e-bike com pneus largos, capacete, lanches, água, instruções para usar a bike e acompanhamento durante o Volcanoes Park.
Jovens a partir de 15 anos podem participar; entre em contato com o operador se houver participantes mais jovens para discutir opções.
Não é necessário equipamento especial além de boa disposição física; as bikes e capacetes são fornecidos, assim como lanches e água.
Há uma breve demonstração no início; a maioria das pessoas se adapta rápido, mesmo sem experiência com e-bikes, mas é preciso saber andar de bicicleta comum.
O ponto de encontro é no estacionamento do Kilauea Lodge; não há menção de busca em hotel nas informações fornecidas.
Seu dia inclui o uso de uma potente e-bike com pneus largos e capacete, além de lanches e água durante o trajeto. Você receberá instruções práticas antes de partir com seu guia local pelas estradas asfaltadas do Volcanoes Park — com paradas em pontos como a Nāhuku Lava Tube — tudo num ritmo tranquilo para aproveitar cada detalhe antes de voltar ao ponto inicial.
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