Juneau: Passeio de Helicóptero e Caminhada Guiada no Glaciar

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Como é a experiência?

Já estávamos presos aos assentos quando nosso piloto, Jake, sorriu e perguntou se alguém já tinha voado de helicóptero antes. Eu nunca tinha — minhas mãos já estavam geladas antes mesmo de decolarmos de Juneau. A cidade encolheu rapidamente e, de repente, só havia aquele campo de gelo branco-azulado lá embaixo, marcado por rachaduras que pareciam pintadas. Você sentia o som das hélices vibrando no peito. Alguém atrás de mim soltou um suspiro quando descemos mais perto; acho que fui eu.

Pousar no Herbert Glacier foi uma sensação estranha — parecia que eu tinha acabado de pisar em outro planeta, de verdade. O ar lá em cima era diferente: cortante e gelado, com um leve cheiro de minerais. Jake nos entregou umas capas de proteção para os sapatos (não são bonitas, mas você vai agradecer) e nos guiou para fora. Ele apontou para um riacho que cortava o gelo e disse: “Experimentem.” E a gente experimentou — a água do glaciar é incrivelmente pura, quase doce? Nunca imaginei que lembraria desse gosto tão bem. Ficamos andando por ali enquanto ele explicava a idade daquele gelo (mais velho que muitos países), e eu tentava imaginar como aquilo devia ser séculos atrás.

Não parava de pensar no silêncio, só o vento soprando — nada de carros, vozes, só a nossa que ecoava estranho pelo azul. Em um momento, Jake riu porque eu escorreguei um pouco no gelo; aparentemente, todo mundo escorrega na primeira vez aqui. O voo de volta foi tão incrível quanto — dá para ver a Nugget Falls de lado, toda cheia de névoa e barulho mesmo lá de cima. Quando pousamos perto do Goldbelt Tram, minhas pernas estavam bambas, mas de um jeito bom.

Até hoje penso naquela luz no glaciar — meio prateada, refletindo em tudo. Se você tem qualquer curiosidade sobre glaciares ou quer sentir o quão pequeno pode ser de um jeito bom, esse passeio de um dia saindo de Juneau vai ficar na sua memória para sempre.