Kealakekua Bay: Snorkel à Tarde e Destaques da Costa de Kona

4.87

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Como é a experiência?

Embarcamos no Fair Wind II na Baía de Keauhou no começo da tarde, e confesso que parecia um privilégio — nada de pressa, só o ritmo tranquilo de Kona. A equipe nos recebeu com uma simpatia tão natural que é difícil explicar; um deles, o Kaleo, distribuiu protetor solar seguro para os recifes e fez uma piada sobre o nariz queimado de sol. Vi famílias ajeitando as crianças com os coletes salva-vidas enquanto o barco balançava suavemente no cais. O ar trazia um cheiro leve de sal, misturado com algo doce, tipo protetor solar e um toque tropical — talvez goiaba? Já tínhamos passado a manhã visitando uma fazenda de café no mauka, então minhas pernas agradeceram por um lugar para sentar.

Quando nos afastamos da margem, Kaleo apontou para o Kuamoʻo Point — uma faixa de lava preta que avança para o mar — e contou que o rei Kamehameha III nasceu ali perto. Me peguei olhando o sol refletindo na água, meio perdido nos pensamentos. É curioso como o silêncio toma conta depois que você sai do porto; só o vento, risadas e às vezes o som das ondas batendo nas rochas de lava. Passar pelo Cemitério Lekeleke foi um momento sério. Kaleo baixou a voz para contar o que aconteceu ali — centenas enterrados após uma batalha antiga — e por um instante ninguém falou nada.

A primeira vista da Baía de Kealakekua me fez endireitar na cadeira. A água tinha um tom azul-esverdeado impossível e tão cristalina que dava para ver os peixes nadando antes mesmo de entrar. Minha filha gritou de alegria ao avistar o Monumento do Capitão Cook do outro lado da baía (ela disse que parecia uma peça de xadrez). Escorregamos para a água — literalmente, por aqueles tobogãs enormes na parte de trás do barco — e de repente tudo ficou abafado, só o som da minha respiração pelo snorkel. Tinha cardumes de peixes amarelos por todo lado, alguns peixes-papagaio mordiscando o coral, e juro que vi a sombra de uma tartaruga marinha passar, mas talvez tenha sido imaginação.

Depois, beliscamos chips de batata-doce e abacaxi fresco — com os dedos grudados mesmo — enquanto secávamos ao sol no convés. Alguém tentou pronunciar “Kealakekua” direito (desisti), o que arrancou risadas do Kaleo. Fiquei olhando para aqueles penhascos que se erguem sobre a baía enquanto voltávamos; é difícil explicar, mas a gente sai leve e ao mesmo tempo conectado com toda aquela história sob nossos pés — ou nadadeiras, no caso.