Key West: Passeio de Caiaque, Areia Privada, Almoço e Bebidas

4.79

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Como é a experiência?

Antes mesmo de eu me equilibrar no deck, alguém me entregou uma bebida gelada — acho que sorri feito bobo. O barco deixou Key West para trás, o vento bagunçando meu cabelo e o capitão contando piadas sobre como os locais medem o tempo pelo tom do bronzeado. Passamos por casas pintadas naquele tom pastel desbotado, enquanto pelicanos nos observavam como se esperassem algo. O Florida Marine Sanctuary se abriu ao nosso redor — silêncio, só quebrado pelo som da água batendo no casco e uma risada ecoando na proa.

Não esperava gostar tanto de remar pelos manguezais. Nossa guia, Dani (que nasceu aqui), apontou um tubarão-enfermeiro deslizando sob nossos remos — “Pode ficar tranquilo, ela só está curiosa”, disse, e eu acreditei. O ar tinha cheiro de verde e sal; dava para ouvir pequenos caranguejos clicando dentro das raízes entrelaçadas. Meus braços cansaram, mas de um jeito bom. Alguém atrás de mim tentou falar “mangrove” em espanhol e errou tanto que a Dani teve que parar de remar porque estava rindo demais.

O almoço chegou bem quando eu começava a pensar em comida — sanduíches cubanos ainda quentinhos, frango frito com gosto de receita de vó. Bandejas de frutas suando no sol. Comemos enquanto navegávamos rumo ao Jewfish Basin, onde a areia era tão branca que quase machucava os olhos. Cada um se espalhou depois que ancoramos: uns flutuavam com cerveja, outros jogavam futebol americano ou simplesmente ficavam com os joelhos na água, olhando para o nada. Acabei conversando com um dos tripulantes sobre crescer nessas ilhas — ele disse que nunca se acostuma com o azul intenso daqui.

Fico pensando naquele momento silencioso antes de voltarmos — o sal secando na pele, o último raio de sol sumindo atrás do barco. Sabe quando você se sente completo sem entender bem o motivo? Foi exatamente assim.