Las Vegas: Passeio Radical de Drift no Dodge Hellcat SRT em Speed Vegas

4.96

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Como é a experiência?

“Você está pronto pra isso?” Foi o que o Mike, meu piloto, perguntou enquanto eu tentava ajeitar as tiras do capacete. Mal tinha tomado meu café quando cheguei no Speed Vegas e, de repente, estava preso no cinto de segurança de um Dodge Charger Hellcat SRT com 707 cavalos. O lugar todo cheirava a borracha queimada e asfalto quente, e dava pra ouvir os motores rugindo mesmo lá do lounge. Tinha gente circulando, alguns rindo nervosos, outros grudados no celular. O Mike sorriu ao ver minhas mãos tremendo um pouco—acho que ele já está acostumado.

Quando entramos na pista, o carro ficou meio silencioso, só o ronco grave do motor vibrando no banco. O lance do drift com profissional é real: na primeira curva já estávamos de lado, pneus gritando tão alto que quase dei risada de nervoso. Nas duas voltas, só adrenalina—o mundo lá fora ficou borrado, mas eu via flashes do deserto vermelho além das barreiras e sentia cada solavanco no peito. Pra ser sincero, não esperava confiar num estranho em alta velocidade assim, mas o Mike foi soltando umas curiosidades sobre o carro entre as curvas (“707 cavalos aqui embaixo,” ele falou—como se eu precisasse lembrar). Em um momento tentei agradecer, mas saiu um risinho nervoso.

Não sou muito fã de carros (meus amigos iam rir se soubessem), mas ver a galera na beira da pista—alguns torcendo, outros de olhos arregalados—me fez sentir parte de uma família meio maluca de corrida por um instante. O capacete ainda cheirava um pouco ao shampoo de alguém (não era ruim), e quando finalmente paramos, minhas pernas estavam bambas ao sair do carro. Sabe aquela sensação depois da montanha-russa, quando você não sabe se quer ir de novo ou só sentar? Pois é, exatamente assim. Ainda estou pensando nessas curvas dias depois.