Miami & Everglades: Tour em Grupo Pequeno com Guia Local

4.87

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Como é a experiência?

Minha manhã quase começou com um sufoco: quase perdi o horário de pegar o grupo — juro que li o horário errado. Mas nosso guia, Joe (que já faz isso há mais de dez anos), só sorriu e disse que isso acontece direto. Ele me entregou uma garrafinha de água gelada antes de partirmos para os Everglades. O ar lá é denso — dá até para sentir o cheiro da vegetação — e quando paramos na Tamiami Trail, senti aquele aroma terroso que lembra grama molhada depois da chuva. Vimos uma garça caminhando pelo capim-dente-de-serra enquanto Joe mostrava pegadas de jacaré na lama. Eu já tinha visto fotos dos Everglades, mas nada te prepara para a sensação de estar num lugar tão vivo.

De volta a Miami, descemos pela Ocean Drive com as luzes de neon piscando mesmo durante o dia — prédios em tons pastel por toda parte, parecia que alguém espalhou um monte de giz colorido na calçada. Joe ia contando histórias de cada hotel: qual apareceu em filme, onde o Versace morou (tentei tirar foto, mas perdi o clique). Passeamos por South Beach e depois demos uma rápida caminhada no South Pointe Park. O vento aumentou e deu para sentir o cheiro do mar; a vista selvagem da Fisher Island e toda South Beach lá embaixo é algo que até hoje me vem à cabeça quando fico preso no trânsito em casa.

Não esperava me interessar muito por Coral Gables ou Coconut Grove — bairros chiques não são muito minha praia — mas passar por baixo daqueles enormes banyan trees foi como entrar em outro mundo. Em Coconut Grove, Joe falou das famílias bahamenses que fundaram o West Grove há muito tempo. Ele acenou para uma senhora vendendo mangas na beira da estrada; ela acenou de volta como se se conhecessem (quem sabe?). Tinha uma igreja de madeira antiga entre duas casas mais novas — a pintura descascada, mas ainda firme e orgulhosa. Me deu vontade de saber mais sobre quem já morou ali.

Terminamos em Wynwood para ver arte de rua — Joe quis mostrar uns murais em becos que os ônibus grandes não alcançam. As cores eram tão vibrantes que meus olhos até doeram por um segundo. Alguém tocava salsa numa janela aberta perto dali e um grupo de crianças passou voando de skate gritando em espanhol. Minha bateria do celular já estava acabando, mas, sinceramente? Foi melhor só curtir o momento do que ficar tirando foto.