Passeio de Bike pela Brooklyn Bridge e Orla de Manhattan

4.63

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Como é a experiência?

Começamos a pedalar bem na beira de Manhattan, as rodas deslizando pelo caminho lisinho do Hudson River Park. O ar trazia aquele mix de brisa do rio com cheirinho distante de carrinhos de comida — será que era pretzel? Nosso guia, Jamie, conduzia o grupo com uma tranquilidade que passava confiança, apontando como o skyline vai mudando conforme a gente segue para o sul. Eu nem imaginava que tanta gente daqui usa essas ciclovias — tinha um cara de terno equilibrando o café com uma mão só. Me deu vontade de rir, porque eu mal consigo pilotar com as duas mãos livres.

A subida até a Brooklyn Bridge foi mais puxada do que eu esperava (minhas pernas sentiram), mas a sensação de ver a ponte se abrindo à sua frente é incrível. As tábuas de madeira fazem barulho sob os pneus e, de repente, você está acima de tudo — os táxis amarelos lá embaixo, barcos no East River, aquele silêncio estranho que cai mesmo estando em Nova York. Jamie contou que a ponte já foi a maior ponte suspensa do mundo; tentei imaginar como seria atravessá-la naquela época, com cavalos no lugar das bikes. Paramos para fotos no topo — todo mundo parou — mas, pra ser sincero, eu só queria ficar ali um tempo olhando a luz do sol refletindo nas janelas de Manhattan abaixo.

Depois fomos para DUMBO — paralelepípedos sob as rodas, antigos armazéns de tijolos que viraram cafés. Tem um lugar onde você olha para trás e a ponte quase enquadra Manhattan perfeitamente (tirei fotos demais). Passamos pelo SeaGlass Carousel, que parecia coisa de sonho quando visto do ângulo certo. Wall Street parecia mais calmo visto da bike do que eu imaginava; talvez porque era sábado ou porque estávamos rápido demais para notar todo o burburinho financeiro.

Não esperava sentir tanto de Nova York só pedalando por duas horas. Em um momento, Jamie apontou Ellis Island do outro lado da água — “Foi por ali que meus avós chegaram,” disse meio de leve, mas ficou na minha cabeça. Talvez seja isso que faz esse passeio ser diferente de um simples tour: você está dentro da cidade, não só olhando de fora. Minhas pernas ficaram cansadas, mas, pra ser honesto? Ainda lembro daquela vista da ponte toda vez que ouço o trânsito lá fora.