Red Rock Canyon: Passeio Cênico e Arte Rupestre Antiga saindo de Vegas

4.80

(229 avaliações)

Como é a experiência?

Logo de cara, percebi como a cidade desaparece. Num instante estávamos no meio do trânsito de Vegas, no outro, só deserto aberto e aquelas falésias vermelhas impressionantes. Nosso guia, Mark, logo apontou as Calico Hills — disse que ali dá para ler milhões de anos nas camadas, se você souber onde olhar. Tentei achar formas nas pedras, mas acabei só ficando com o sol nos olhos e rindo de mim mesmo. O ar era seco, com um cheiro quase doce de poeira, bem diferente dos cassinos da cidade.

No Centro de Visitantes, tem uma tartaruga — a Mojave Max — que é quase uma celebridade local. Nunca imaginei que fosse me interessar pela rotina de um réptil, mas aconteceu. As exposições são bem interativas; me peguei apertando botões feito criança. Mark contou como a água fica escondida em tanques naturais nas Calico Hills, alimentando plantas que você nem imagina que sobrevivem aqui. Fizemos o circuito cênico com as janelas abertas (ele disse que podia), e, sinceramente, o silêncio entre as paradas era incrível — só o vento e talvez um pássaro distante.

Em Willow Springs, vimos petroglifos antigos esculpidos na pedra. Mark contou histórias sobre quem pode ter feito aquilo — povos antigos que observavam aquelas mesmas falésias muito antes dos cassinos aparecerem. Toquei a pedra (com cuidado, prometo) e ela estava quente do sol, áspera na palma da mão. Tem algo muito especial em estar no mesmo lugar onde tanta gente já esteve, tentando decifrar suas marcas.

O mirante no final oferece uma vista panorâmica do Red Rock Canyon lá embaixo — cada cor mais viva do que eu esperava. Tirei muitas fotos, mas nenhuma consegue captar a imensidão daquele lugar. No caminho de volta para Vegas, meus tênis estavam cheios de poeira vermelha e minha mente, de alguma forma, mais tranquila. Ainda penso naquela vista.