Valley of Fire: Passeio de 1 dia saindo de Las Vegas com transfer

4.77

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Como é a experiência?

Ao sair da van, você sente de cara — o ar é seco, mas não tão pesado quanto eu imaginava, e as pedras do Valley of Fire parecem até falsas de tão vibrantes. Nossa guia, Maria, já me entregou uma garrafa de água antes mesmo de eu pedir (ela deve ter lido minha cara). Ela apontou uns petroglifos gravados nas pedras — precisei apertar os olhos pra enxergar melhor, queria ter trazido meus óculos. O silêncio era tão intenso que parecia barulho; nada de caça-níqueis ou trânsito, só o vento e uns lagartos correndo perto dos nossos pés.

Seguimos por uma trilha que serpenteava entre aquelas paredes de arenito vermelho — eu ficava tocando a pedra, que estava quente e meio áspera, como se segurasse o verão na mão. Maria contou histórias sobre os povos que moravam ali muito antes de Nevada existir. Teve um momento em que ficamos todos parados olhando o vale, ninguém falou nada. Lembrei de como estávamos tão perto de Las Vegas, mas parecia um mundo distante. Meus sapatos ficaram cheios de pó (deveria ter usado meia escura), mas nem liguei.

Tentei tirar uma foto que mostrasse tudo aquilo — impossível. A luz mudava a cada nuvem que passava, então cada clique saía diferente. Alguém no grupo brincou que parecia Marte, e por um instante, realmente parecia outro planeta. No caminho de volta, todo mundo ficou em silêncio, daquele jeito bom de quem está cansado, mas feliz por ter vindo. Até hoje penso naquela vista quando fico preso no trânsito em casa.