Waikiki: Passeio de Observação de Baleias com Avistamento Garantido

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Como é a experiência?

A primeira coisa que percebi não foram as baleias — foi a sensação do ar salgado no rosto enquanto nos afastávamos da movimentada orla de Waikiki. Aquele momento em que o barulho da cidade desaparece, dando lugar ao som das ondas batendo no casco do trimarã. Nosso guia, Kaleo, sorriu e apontou para o Diamond Head atrás de nós. “Fiquem atentos,” disse ele, “elas adoram surpreender.” Tentei não criar muita expectativa de ver baleias, mas, sinceramente? O próprio mar já parecia um botão de reset.

Cerca de vinte minutos depois, alguém gritou — não foi o guia, mas um passageiro tão surpreso que quase ri. E lá estava: uma jubarte saltando a uns duzentos metros. É difícil descrever aquele som — como um suspiro gigante misturado com um splash que você sente no peito. Kaleo começou a explicar como essas baleias viajam milhares de quilômetros até o Havaí todo inverno (eu não sabia disso) e até imitou o canto delas para a gente. Ele mandou bem, viu?

Levei meus próprios lanches (pode levar bebida e comida) e acabei dividindo umas frutas com um casal de Osaka que estava tão animado quanto criança. O sol ia e vinha entre as nuvens — ora quente nos braços, ora fresquinho de novo. Tinha bastante espaço para andar, tirar fotos ou só encostar no corrimão e ficar de olho nas baleias. Em certo momento percebi que nem olhava mais para o celular; só curtia o som do mar e as risadas distantes dos outros barcos.

Vimos mais três baleias antes de voltar para Waikiki, cada aparição com seu charme — às vezes só o rabo ou o jato d’água longe, outras bem perto. A garantia de avistamento tirou aquela pressão comum em passeios assim. Até hoje lembro do primeiro salto toda vez que escuto o som do mar — engraçado como certos momentos ficam mais tempo na memória do que a gente imagina.