Lago Inari: Passeio de Snowmobile e Visita aos Renas com Almoço

4.81

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Como é a experiência?

Eu não esperava ficar nervoso ao pilotar um snowmobile, mas lá estava eu em Ivalo, com as mãos desajeitadas em luvas emprestadas, ouvindo as instruções do Tapio. Ele sorriu quando eu parei na primeira tentativa — “Sem pressa, não é uma corrida”, disse ele. O ronco do motor parecia estranho sob mim, mas depois de alguns minutos na trilha rumo ao Lago Inari, o ar gelado me despertou. Às vezes, dava para sentir o cheiro dos pinheiros mesmo com o capacete. Éramos só cinco, além da Tina e do Tapio (que tocam tudo em família), então nunca pareceu um daqueles passeios com grupos enormes.

A travessia pelo rio congelado foi mais silenciosa do que eu imaginava — só o som suave da neve sob as motos e nossas risadas ecoando naquele branco infinito. Quando chegamos à ilha deles, a Tina nos chamou para dentro do teepee, onde a fumaça da fogueira deixava o ambiente com cheiro de madeira e sopa. Ela me ofereceu um suco quente de frutas vermelhas (acho que era lingonberry?) e contou histórias sobre os invernos dali. Dois renas se aproximaram — nada tímidos — e pude alimentar um deles com líquen. O focinho era mais macio do que eu esperava. O Tapio explicou como esses animais fazem parte do dia a dia deles, não só para os turistas.

O almoço foi uma sopa de salmão com pão escuro (tem opção vegetariana se avisar antes). Sentar ao redor daquela fogueira enquanto a neve caía lá fora é algo que ainda me vem à mente — parecia quase silêncio demais, só quebrado pelo barulho das botas ou a risada da Tina quando tentei dizer “kiitos”. Depois tiramos fotos com os renas (não é uma fazenda, são os animais da família) antes de voltar pelo Lago Inari. Meus dedos estavam congelados, mas, para ser sincero, eu nem ligava mais.