Praia de Omaha e Pointe du Hoc: Tour do Dia D saindo de Bayeux

4.89

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Como é a experiência?

A primeira coisa que percebi foi o vento — cortante, salgado e mais forte do que eu esperava quando saímos perto de Pointe du Hoc. Nosso guia, Pierre, já começou a contar, apontando para os bunkers irregulares meio engolidos pela grama. Ele falou sobre os Rangers americanos subindo esses penhascos sob fogo inimigo. Tentei imaginar, mas, sinceramente, é difícil encaixar esse tipo de medo numa tarde silenciosa. Ainda dá para sentir um leve cheiro de algas e concreto antigo no ar. Pierre nos deixou explorar um pouco; me peguei tocando uma das pedras crateradas sem nem pensar.

Seguimos para o Cemitério Americano da Normandia. A grama parecia incrivelmente verde perto de tantas cruzes brancas — tantas fileiras que você perde a conta se tentar. Pierre contou histórias sobre algumas das pessoas enterradas ali (ele até sabia de onde alguns eram). Teve um momento em que todo mundo ficou em silêncio, exceto uma mulher lendo nomes baixinho. Foi respeitoso, mas também pesado de um jeito que eu não estava preparado. Você tem cerca de meia hora para andar por conta própria — eu fiquei parado em uma sepultura mais tempo do que planejava.

A Praia de Omaha em si era mais larga do que eu imaginava pelas fotos. A areia estava fria e úmida sob meus sapatos, e tinha crianças correndo na beira enquanto os pais observavam de longe. Pierre explicou exatamente onde aconteceram os desembarques em 6 de junho de 1944 — ele até mostrou até onde a maré estava naquela manhã (bem além do que podíamos andar). Foi aí que caiu a ficha: isso não é só história de livro; está bem ali, sob seus pés. Ficamos uns quinze minutos na praia antes de voltar para Bayeux na van — que, para ser sincero, foi pouco tempo, mas talvez tenha que ser assim.