Atenas e Ilhas: Cruzeiro em Agistri, Nado em Moni e Almoço em Aegina

4.93

(1782 avaliações)

Como é a experiência?

Logo ao embarcar no iate na Marina Zeas, fui recebido pelo cheiro de café misturado com o ar do mar — nada sofisticado, só acolhedor. A equipe distribuiu bolinhos e croissants enquanto alguns tentavam se equilibrar no barco (eu balançava um pouco). Nosso guia, Yannis, sorriu e disse para relaxar — “o dia vai ser tranquilo”, garantiu. A cidade ficou para trás tão rápido que parecia até mágica, trocando o trânsito pelo azul do mar em minutos.

De repente, Agistri apareceu — colinas verdes e casas brancas. Ficamos cerca de uma hora lá; tentei alugar uma bicicleta, mas desisti ao ver a ladeira perto do porto. Acabei andando, o que me deu tempo para observar os velhinhos jogando gamão sob as buganvílias. O som suave dos grilos e a água salgada no meu pé me fizeram esquecer que estávamos tão perto de Atenas, mesmo sendo só um bate-volta.

Depois, fomos para a ilha Moni — ninguém mora lá, só alguns pavões selvagens (Yannis até apontou um desfilando perto dos pinheiros). A água estava fria, mas tão cristalina que dava para ver cada ondulação na areia. O almoço veio logo após o mergulho: grandes tigelas de salada grega, um prato com berinjela que até hoje lembro, e muito vinho servido pela Sofia, que ria das nossas tentativas de falar “efharisto”. Não era nada chique, mas tinha gostinho de comida caseira.

Por fim, Aegina — a terra dos pistaches. Eles estavam em sorvetes, doces e até em saquinhos distribuídos por mulheres sorridentes nas feirinhas. Andei pelas ruas estreitas e perdi a noção do tempo (quase perdi o barco de volta; Yannis me achou comprando mais um saco de pistache). No caminho de volta para Atenas, o sol baixava sobre o Golfo Sarônico e o barco ficou silencioso — talvez de cansaço, ou porque ninguém queria que o dia acabasse. De qualquer forma, faria esse passeio de novo só por esse momento antes de atracar.