Cabo Sounion: Pôr do Sol no Templo de Poseidon e Jantar à Beira-Mar

4.89

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Como é a experiência?

“Sabe, eu não esperava que o trajeto saindo de Atenas fizesse parte da aventura, mas fez. Nosso motorista — Yannis, que parecia conhecer cada curva da estrada — ficava apontando detalhes ao longo do Golfo Sarônico. Tinha aquele cheiro salgado no ar quando abrimos as janelas perto de Vouliagmeni, e lembro de um grupo de crianças acenando pra gente de uma quadra de vôlei de praia. Paramos para fotos uma vez — a luz já começava a ficar dourada — e o Yannis contou que até os locais ficam animados para ver o pôr do sol no Cabo Sounion. Isso me fez sentir menos turista, de alguma forma.

O Templo de Poseidon em si... é difícil não ficar em silêncio quando você vê aquelas colunas de perto. O mármore estava fresco ao toque (será que pode? Espero que sim), e tinha uns tufos de tomilho selvagem crescendo nas frestas. O Yannis explicou que os marinheiros usavam esse lugar como último sinal de que estavam perto de casa — é louco pensar em todas as histórias que cabem numa só vista. Achamos um canto nas pedras de onde dava para ver ilhas ao longe — alguém atrás de nós sussurrou algo sobre a Odisseia de Homero e, sinceramente, combinou. A palavra-chave aqui é pôr do sol; todo mundo fica meio em silêncio quando ele acontece. O céu ficou laranja-rosado e todo mundo tirou o celular, mas logo guardou de novo.

O jantar depois foi numa taverna à beira-mar que parecia simples por fora, mas cheirava a peixe grelhado e limão assim que entramos. O dono cumprimentou o Yannis pelo nome (acho que ele traz muita gente ali), e trouxe pratos de mezedes antes mesmo da gente pedir — abobrinha frita, algo com feta e mel que até agora me dá vontade. Provamos vinho local enquanto o templo iluminava do outro lado da água; parecia quase surreal, mas ao mesmo tempo super relaxante. Na volta para Atenas, paramos para comer waffles com sorvete num lugar na beira da estrada que o Yannis insistiu (“só os locais conhecem!”). Eu provavelmente não precisava de sobremesa depois de tanta comida, mas, né — quando estiver na Grécia...”