Budapeste: Tour Gastronômico a Pé e Degustação no Mercado Central

4.98

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Como é a experiência?

A primeira coisa que me chamou atenção foi o eco das vozes refletindo nas paredes de azulejos do Mercado Central — um lugar que parecia ao mesmo tempo movimentado e acolhedor. Nossa guia, Ági, nos chamou para um box onde o cheiro de páprica e algo defumado dominava o ar. Ela me ofereceu uma fatia de salsicha (até hoje não consigo pronunciar o nome direito), e juro que tinha um sabor ao mesmo tempo picante e adocicado. As pessoas ao redor conversavam em húngaro, riam tomando café, e parecia que havíamos entrado na cozinha de alguém, não num mercado.

Fomos ziguezagueando por corredores estreitos cheios de queijos e pilhas de pimentões vermelhos vibrantes. Em um momento, Ági parou para explicar por que os húngaros adoram picles — ela falou algo sobre tradições de inverno e nos deixou provar esses pepinos crocantes e azedinhos que me surpreenderam (pra melhor). Um senhor vendendo doces sorriu quando tentei pedir em húngaro; ele apenas assentiu e colocou mais no meu prato. O ritmo era tranquilo — às vezes ficávamos parados só para observar os locais fazendo compras ou ouvir Ági contar histórias das receitas da avó dela.

Depois do mercado, entramos num café pequenino para um café e o que Ági chamou de “o melhor biscoito de Pest”. Não sei se ela estava brincando, mas era realmente bom — crocante, amanteigado e na medida certa de doce. Em algum momento provamos vinho local (perdi a conta depois do terceiro copo), e aí todo mundo do grupo já estava mais solto. Tem algo em compartilhar comida com estranhos que faz você se sentir menos turista e mais parte da cidade por uma tarde. Até hoje penso naquela salsicha, sabe?