Jodhpur: Passeio a Pé pela Cidade Azul e Visita ao Forte Mehrangarh

4.95

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Como é a experiência?

Quase perdi a entrada — sério, o acesso à Cidade Azul é tão escondido que quase passei direto. Nosso guia, Sunil, só sorriu e acenou para eu ir até ele. “Por aqui”, disse, como se já tivesse feito isso mil vezes. Na hora, o ar mudou — ficou mais fresco, com aquele cheiro leve de especiarias e roupas secando no varal acima. As paredes realmente são azuis, mas em tons diferentes; algumas desbotadas como jeans velho, outras vibrantes como tinta nova. Tentei tirar uma foto, mas uma scooter passou rápido com duas crianças rindo na garupa, e acabei com uma imagem borrada do cotovelo de alguém. Coisa típica.

Andamos por vielas tortuosas onde os lojistas acenavam ou continuavam conversando em marwari. Sunil mostrou um templo minúsculo entre duas casas — “tem 500 anos”, contou — e depois paramos no lago Ranisar para um momento de silêncio. Uma senhora alimentava pombos à beira da água; sorriu para a gente sem dizer nada. O forte dominava a paisagem, sempre visível mas nunca tão perto até que, de repente, você está bem embaixo das suas muralhas. A subida não é difícil, mas meus sapatos chiaram nos degraus de pedra (deveria ter usado algo menos novo).

Gostei que ninguém nos apressou — Sunil deixou a gente parar onde quisesse, mesmo quando me distraí com uma porta azul cheia de marcas de mãos ou quis perguntar sobre um salgadinho fritando numa lojinha de esquina (ele chamou de mirchi vada; Li riu quando tentei falar em hindi). O passeio durou cerca de duas horas, mas pareceu ao mesmo tempo mais longo e mais curto — o tempo meio que se dobra nessas ruas estreitas. No caminho de volta ao hotel (transporte incluído), percebi que quase não tinha olhado para o celular. Isso quase nunca acontece hoje em dia.