Mumbai: Tour de Comida de Rua em Chowpatty, Bhuleshwar e Mohammed Ali Road

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Como é a experiência?

Já estávamos com as mãos mergulhadas no pav bhaji quando percebi que esqueci de perguntar ao nosso guia, Sameer, como ele consegue comer essas delícias toda semana. O sol se escondia atrás da névoa na praia de Chowpatty e, sinceramente, meus dedos estavam grudados de manteiga e temperos, mas eu nem ligava. Tem algo mágico em comer ao ar livre, com o cheiro do mar e da massa frita, que faz você esquecer que está cercado por milhares de pessoas famintas. Sameer apontou qual barraca tinha o melhor dahi puri — “nem muito doce, nem encharcado demais”, garantiu — e ele estava certo. Tentei agradecer em marathi, mas provavelmente soei como turista perdido; ele só sorriu.

Depois disso, entramos em um táxi apertado (como os motoristas de Mumbai sempre conhecem esses atalhos?) e chegamos em Bhuleshwar. As ruas aqui são tão vibrantes que chegam a dar tontura: mulheres negociando pulseiras, fumaça de incenso envolvendo as barracas de frutas, crianças correndo entre scooters. Entramos em uma daquelas khao gallis — vielas de comida — onde o ar cheira a cardamomo e massa frita. Queimei a língua com kesari ukala (leite com açafrão), mas valeu a pena. Um senhorzinho que fazia pudla piscou pra mim quando hesitei com o chutney verde — “picante faz bem pra saúde”, disse ele. Será que ele tem razão?

Quando chegamos à Mohammed Ali Road, minhas calças já estavam apertadas, mas de alguma forma ainda tinha espaço para mais. Aqui o foco é na comida não vegetariana — kebabs de frango chiando nas grelhas abertas, rolinhos empilhados, baida rotis sendo virados tão rápido que parecem borrões. O barulho é maior também; pessoas gritando pedidos em hindi e urdu, risadas ecoando nas portas de metal. Sameer pediu rabdi com gulab jamun para dividirmos (acho que ele sabia que estávamos quase desistindo). O xarope grudou nos meus dentes por horas, mas, sinceramente? Ainda penso naquela última mordida nas madrugadas de fome.