Ubud: Aula de Joias em Prata com Artesãos Locais

4.97

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Como é a experiência?

Não esperava que a oficina tivesse cheiro de casca de coco queimada — descobri que é o combustível do pequeno forno. Mal entramos, Wayan, nosso guia (e prateiro desde criança), me entregou um bloquinho de desenho. “Desenhe o que quiser”, ele sorriu, então tentei rabiscar uma folha. Minhas mãos já estavam grudando por causa do calor, e eu só borrava a página. Parecia escola, só que mais quente, e todo mundo riu quando meu desenho saiu torto.

A parte de derreter a prata foi incrível — você vê aquela bolota de prata pura virar líquido sob o maçarico, brilhando e tremendo. Wayan me deixou despejar o metal no molde, e juro que meu coração acelerou sem motivo. As ferramentas tilintavam e raspavam na mesa de madeira enquanto martelávamos a prata para dar forma (a minha ficou oval em vez de redonda, mas ninguém ligou). Em um momento, tentei dizer “terima kasih” direito e ganhei um sorriso enorme de uma das senhoras que nos ajudava — provavelmente falei errado, mas ela gostou da tentativa.

Arquear e lixar demorou bastante. Meus dedos ficaram dormentes e um cheiro metálico estranho grudou na pele, mesmo depois de lavar. Mas de repente, parecia joia de verdade — brilhante, sólida, algo que eu usaria de verdade. No meio do processo, serviram uns petiscos em folha de bananeira; doces e pegajosos, bem confortantes depois de tanta concentração. Tudo levou cerca de duas horas, mas o tempo voou enquanto trabalhávamos lado a lado com quem faz isso todo dia. Sair de volta para o barulho de Ubud com minha peça pronta no bolso foi estranho — como se eu tivesse escapado um pouco e criado algo silenciosamente especial.