Arquipélago de Maddalena: Passeio de Catamarã com Almoço Sardes

4.94

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Como é a experiência?

Sabe aquela sensação de pisar descalço no convés de um barco e sentir a madeira já aquecida pelo sol? Foi assim que nosso dia começou em Cannigione — um rápido “oi” para o capitão Antonio, com seu sorriso fácil e bronzeado de pescador, e já estávamos navegando. A água ao redor do Arquipélago de Maddalena parece coisa de outro mundo, como se alguém tivesse aumentado a saturação das cores. Fiquei olhando para Cala Coticcio, quase não acreditando no azul que via. O vento trazia um cheiro de sal, suave, só o suficiente para bagunçar o cabelo — se você se importasse, claro (eu não). Alguém apontou golfinhos, mas perdi o momento tentando pronunciar “Budelli” direito — a Li riu da minha tentativa.

Paramos primeiro perto de Spargi. A água estava tão cristalina que dava para ver cada ondulação da areia lá embaixo. Mergulhei sem pensar duas vezes; estava mais fria do que eu esperava, mas valeu muito a pena. Peixinhos prateados passavam rápido entre minhas pernas. O guia distribuiu snorkels e máscaras, e por um tempo só ouvíamos o silêncio subaquático e a luz do sol dançando na superfície. Depois seguimos para a Praia Rosa em Budelli — hoje em dia não é permitido pisar ou nadar lá (área protegida), mas só de flutuar por perto já foi especial. E sim, a cor rosa é real, não é filtro do Instagram.

O cheiro do almoço já dava água na boca antes mesmo de sentarmos. Massa com peixe fresco, preparada ali mesmo no barco — Antonio brincou que a mãe dele iria criticar o pouco alho que ele usou. Tínhamos vinho Vermentino geladinho e um salame de funcho para o aperitivo que até hoje me lembro. Depois do almoço, veio o café e um licor doce de murta que esquenta na medida certa. No caminho de volta, a luz do sol ficou dourada; o pessoal foi ficando mais calmo, talvez cansado ou simplesmente embalado pelo ar do mar.