Cinque Terre: Passeio Privado de Barco com Mergulho e Degustação de Pesto

4.96

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Como é a experiência?

Não esperava me sentir tão pequeno no mar da Ligúria, mas lá estávamos — só nós e nosso capitão, deixando Monterosso para trás. O barco era um gozzo antigo e resistente, meio rangente, o que de algum jeito me passou mais confiança. Lembro do sal no meu braço e do sol que brincava de aparecer e sumir atrás das nuvens, deixando as cores de Vernazza quase surreais. Nosso guia (acho que se chamava Paolo?) apontou a igreja à beira da água — disse que os moradores ainda se casam lá, o que me fez sorrir sem saber por quê.

Passamos por Corniglia, lá no alto — não dá para chegar de barco, então só dá para admirar aquelas casinhas agarradas no penhasco. Depois veio Manarola, e Paolo serviu um vinho branco geladinho enquanto contava sobre o Sciacchetrà (ainda não sei pronunciar direito). Paramos numa enseada escondida que eu jamais teria encontrado sozinho; pulei na água mesmo hesitando no começo — estava mais fria do que eu imaginava, mas tão cristalina que dava para ver cada pedrinha. Teve um momento em que todo mundo ficou flutuando em silêncio, só ouvindo o som das ondas batendo no casco.

As casas de Riomaggiore pareciam pintadas com sobras de sorvete — rosas, amarelos e aquele azul estranho que só se vê na Itália. Alguém perguntou sobre a trilha Via dell’Amore que começa ali, e Paolo riu das inúmeras propostas que já viu do barco (ele piscou para mim quando falou). Antes de voltar, sentamos no convés comendo focaccia regada a azeite e um pesto que, sinceramente, acabou com qualquer pesto de supermercado para mim. O cheiro de manjericão misturado com o ar do mar é algo que às vezes ainda me vem à cabeça.