Palermo: Tour de Comida de Rua Siciliana com Grupo Pequeno

4.90

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Como é a experiência?

Não sei por que achei que ficaria envergonhado de comer baço em Palermo, mas quando nosso guia Marco me entregou aquele panino ca meuza, fui direto ao ponto. O mercado estava animado — vendedores gritando, scooters passando entre as pessoas — e o cheiro de óleo quente misturado com algo doce que eu não conseguia identificar. Marco sorriu quando eu hesitei e disse: “Confia, isso é Palermo de verdade.” A textura era firme e saborosa, nada do que eu esperava. Sinceramente? Não foi meu favorito do dia, mas fiquei feliz de ter experimentado.

Andamos por ruas estreitas onde roupas secavam penduradas e as pessoas conversavam rápido no dialeto siciliano. Cada parada parecia um segredo compartilhado por um amigo — especialmente quando provamos o sfincione de um senhor que vende isso desde antes do Marco nascer. O pão estava quentinho e macio, coberto com tomate e cebola. Minhas mãos ficaram grudadas depois da arancina (até hoje fico com vontade só de lembrar da casquinha crocante), e alguém do grupo acabou derramando granita na camisa — o que arrancou risadas de todo mundo, até da senhora na mesa ao lado.

O melhor não foi só a comida, mas as histórias que o Marco contava entre as mordidas — sobre a avó dele fazendo panelle ou como o cannoli deve ser recheado na hora para a casquinha não amolecer. Ele alternava entre inglês e italiano numa boa, às vezes parando para cumprimentar alguém que conhecia (parecia a cada cinco minutos). No fim, tomando café e aquele cannolo absurdamente gostoso, senti que tinha conhecido um lado de Palermo que não aparece nos guias turísticos. O sol começava a se pôr atrás das cúpulas das igrejas quando terminamos — um timing perfeito, na real.