Roma: Aula de Massa Artesanal e 3 Spritz Próximo ao Coliseu

4.98

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Como é a experiência?

“Em Roma, a gente nunca confia em chef magro,” Marco sorriu enquanto me entregava o primeiro Aperol spritz. Ri, mas depois de ver a quantidade de farinha que caiu na minha camisa (e no chão), entendi o que ele quis dizer. A cozinha já estava animada quando chegamos — o tilintar suave dos copos, o aroma cítrico do spritz no ar e uma playlist com pop italiano antigo tocando baixinho. Marco — nosso chef e comediante de plantão — nos ensinou a rodar fatias de laranja no copo antes mesmo de mexermos na massa. Parecia mais um encontro na casa de um amigo do que uma aula.

Não esperava me sentir tão... orgulhoso? Amassar a massa é mais bagunçado do que parece nos vídeos do YouTube. Minhas mãos ficaram grudadas, mas Marco só deu de ombros e jogou mais farinha pra mim. “Assim,” disse ele, abrindo o fettuccine com uma confiança que quase me fez esquecer que estávamos pertinho do Coliseu — dava até pra ver a ponta dele pela janela, se você se inclinasse do jeito certo. Fizemos carbonara (com bastante pecorino) e cacio e pepe para os vegetarianos. Alguém tentou pronunciar “guanciale” com ‘g’ forte e todo mundo caiu na risada — até o mixologista, que não parava de encher nossos copos com Hugo spritz enquanto cozinhávamos.

O spritz de Limoncello no final tinha gosto de férias de verão — leve, doce e fácil demais de beber. Trocamos histórias com viajantes do Brasil e do Japão enquanto comíamos pratos de massa que, de algum jeito, pareciam todos diferentes (o meu: meio tortinho). Marco prometeu que a gente podia refazer tudo em casa com o ebook de receitas dele, mas, pra ser sincero, acho que vou sentir mais falta das piadas dele. Saímos para a luz do fim de tarde romano, um pouco alegres e ainda com cheiro de casca de limão e queijo... isso é algo que eu faria de novo sem pensar duas vezes.