Tóquio: Passeio Noturno em Carros JDM, Daikoku PA e Rainbow Bridge

4.56

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Como é a experiência?

Eu não esperava que meu coração acelerasse antes mesmo de sairmos do estacionamento. Tem algo mágico em ver uma fila de verdadeiros carros JDM — GTRs, Evos, uma Silvia com aquele ronco grave — alinhados sob as luzes da cidade que simplesmente mexe com a gente. Nosso motorista, Yuto, sorriu ao me entregar o cinto e perguntou se eu já tinha ouvido um turbo funcionando de perto. (Nunca tinha.) O cheiro de gasolina era forte, mas nada desagradável. Nos esprememos no banco de trás — os carros japoneses realmente são pequenos — e me peguei rindo de tanta empolgação. Não era só comigo; todo mundo parecia com os olhos brilhando.

A cidade passou rápido enquanto cruzávamos túneis, os motores ecoando nas paredes de azulejos. Yuto apontou para o cruzamento de Shibuya enquanto passávamos — “O cruzamento mais famoso do mundo”, disse ele, e juro que dava para sentir o caos mesmo dentro do carro. Em um semáforo perto da Tokyo Tower, vi um casal tirando selfies com a estrutura laranja e branca iluminada ao fundo. Era uma mistura estranha de adrenalina e calma, olhando para todo aquele aço e neon enquanto minhas mãos vibravam com o motor. E logo estávamos em movimento de novo.

Daikoku PA era mais barulhento do que eu imaginava — não só os motores, mas risadas, música saindo do porta-malas de alguém, gente trocando histórias em japonês e inglês. Nosso guia nos apresentou a alguns frequentadores que mostraram suas personalizações (tentei falar “Itasha” direito; rendeu algumas risadas). Na volta, a Rainbow Bridge parecia irreal — luzes tricolores refletindo na Baía de Tóquio, como se fosse um cenário de videogame antigo. Até agora, quase consigo ouvir o ronco dos pneus no asfalto e ver aquelas cores piscando na água. Difícil explicar se você não viveu.