Fiordland: Passeio de Jet Boat e Caminhada Guiada com Histórias Locais

4.98

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Como é a experiência?

Eu não esperava que o rio fosse tão cristalino — dava para ver as pedras no fundo, mesmo enquanto voávamos no jet boat. A manhã começou em Te Anau, onde vestimos capas impermeáveis e coletes salva-vidas (peguei até luvas, por precaução). Nosso guia, Jamie, tinha um jeito de deixar todo mundo à vontade — contando piadas sobre os neozelandeses nunca sentirem frio. Ri, mas mantive as luvas. Quando chegamos em Queens Reach e embarcamos, já estava sorrindo feito criança.

O ar de Fiordland é diferente — puro, fresco e quase doce. Enquanto acelerávamos pelo Rio Upper Waiau, Jamie apontava lugares usados em O Senhor dos Anéis (acho que perdi metade porque estava focado nas trutas que nadavam por baixo). Em um momento, ele desligou o motor e deixamos o barco à deriva; só se ouvia o canto dos pássaros e o som suave da água batendo no casco. Alguém tentou nomear um pássaro em Māori e Jamie corrigiu com delicadeza — todo mundo riu. Era como se tivéssemos acesso a um segredo local.

Depois, o Lago Manapouri se abriu à nossa frente. Difícil explicar o silêncio que caiu — parecia que nem nosso grupo queria quebrar aquela paz. Descemos para uma caminhada curta pela mata densa; musgo por toda parte, tudo úmido e cheio de vida. Jamie nos mostrou como achar orquídeas pequenas escondidas perto das raízes. Meus sapatos ficaram enlameados, mas nem liguei (deveria ter usado um par velho). Na volta pelo rio, teve giros e grandes respingos — alguém gritou atrás de mim e não parava de rir. Até hoje essa parte me faz sorrir.