Kaikoura: Nado com Lobos-Marinhos e Encontro com a Vida Selvagem

4.95

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Como é a experiência?

Quase perdi o check-in porque li o horário errado — clássico eu. A moça da recepção só sorriu e disse: “Não se preocupe, isso acontece direto”, e isso me fez sentir menos turista e mais parte daquele lugar, mesmo que só por uma manhã. O neoprene parecia apertado no começo (não estou acostumado a ser fechado assim antes das 9 da manhã), mas nosso guia, Sam, ajudou todo mundo a se ajeitar e fez uma piada dizendo que logo íamos agradecer por isso quando entrássemos na água. Ele estava certo.

A caminhada até a praia foi rápida, mas eu já sentia aquele cheiro de algas marinhas antes mesmo de ver as ondas. O céu de Kaikoura estava naquele azul lavado que só aparece depois da chuva — o tempo não estava perfeito, mas combinava. Entramos na água rasa, com as nadadeiras batendo meio desajeitadas. Lembrei de pensar: “Vai ser gelado demais”, e realmente foi — um frio cortante no rosto, mas que de algum jeito dava energia. Os lobos-marinhos já estavam ali, flutuando como donos do pedaço (porque são mesmo). Um deles chegou perto de mim e soltou bolhas; tentei imitar pelo snorkel e provavelmente fiquei com cara de bobo. O Sam só riu.

Não esperava que tudo ficasse tão silencioso debaixo d’água — só alguns respingos abafados e o latido ocasional de um lobo-marinho acima. Em um momento, perdi de vista o grupo porque fiquei hipnotizado vendo dois lobos-marinhos se entrelaçando ali embaixo. Foi uma sensação estranhamente íntima, como se tivesse sido convidado para um jogo secreto. Quando finalmente saímos (com as mãos dormentes), percebi que tinha passado a maior parte do tempo sorrindo sem nem perceber.